Entrevista com Sinister

Como vai, pessoal? Esta semana escrevi um artigo a respeito de melhoria contínua, citei que alguns sacrifícios são necessários, que se você se foca num objetivo você pode alcançá-lo e também que postaria se tivesse alguma boa notícia a respeito do torneio Duel Shop.

Infelizmente continuo passando longe dos meus objetivos neste jogo, mas um grande amigo teve um retorno incrível e, por ter sido o campeão do Duel Shop decidi entrevistá-lo para o blog, então você pode conferir em primeira mão um papo que bati com Gustavo “Sinister” Machado a respeito do seu ótimo resultado neste campeonato.

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Henrique Wu
Queria te entrevistar pro meu blog, aguenta? Coisa rápida

Gustavo Machado
5cao

Henrique Wu
Já te devo 5, te pago uma paleta
Vou falar como se eu nem te conhecesse pra parecer imparcial.

Gustavo Machado
sim sr

Henrique Wu
Boa noite galera, hoje vou entrevistar o campeão do último Torneio Bimestral da Duel Shop, Gustavo Machado, o Sinister.
Primeiramente gostaria de parabenizá-lo pelo título, como você está se sentindo?

Gustavo Machado
Cansado, exausto.
Porém feliz.

Henrique Wu
Da viagem, do suíço, do top ou da pizzaria?

Gustavo Machado
A viagem estou acostumado, o suíço foi bem mais cansativo que o top, por causa do povo que se aglomera para ver as rodadas e tals.

Henrique Wu
Pois é, a torcida está cada vez mais próxima mesmo.
Bom, você já fez Top em Nacional e em outros grandes torneios no passado, mas estava há um certo tempo sem chegar nas primeiras colocações, hoje você fez um retorno em grande estilo, a que você atribui o sucesso neste torneio?

Gustavo Machado
Vontade de jogar, de topar, fazia muito tempo que não sabia o que era me dar bem num torneio, então desta vez pensei muito antes de fazer jogadas, consegui esquecer efeitos no primeiro round (acho que foi pelo sono) e na última rodada errei uma jogada no Game 2 e uma jogada no Game 3 que fez eu perder a invencibilidade no torneio, porém foi a hora certa de perder, a partir dali não poderia cometer mais erros.

Henrique Wu
Eu devo estar errado, mas não lembro de outro campeão da Duel Shop que veio do interior.
Para nós que não podemos contar com semanais de grande nível para poder alinharmos nossos decks fica um tanto difícil de prever e treinar devidamente. Como você fez para definir o seu deck?

Gustavo Machado
Sorte me ajudou muito eu diria, me preocupei apenas com a Mirror Match (Burning Abyss), Shaddoll e suas variantes e contra o temido Qliphort Disk (deck que não enfrentei nenhum) porém eu já esperava não ver este deck num número grande como o BA e Shaddoll. Joguei bastante no YgoPro pra testar variações, tentei inovar, porém vi que o básico era a melhor opção, mudei apenas 1 carta quando vi que Night Beam era uma carta boa para este torneio, colocando uma dela de Main e uma de side (deveria ter colocado as duas de Main xD).

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Henrique Wu
Hoje você fez um deck profile com o Victor Botacin da Duel Shop, assim que ele for publicado anexarei a este artigo.
Durante o torneio você sentiu alguma dificuldade?

Gustavo Machado
Diria que minha dificuldade foi a falta de jogar frequentemente, todos do top tirando eu jogam torneios semanalmente, sabem o que fazer em diversas ocasiões, eu olhava minha mão e imagina o que era possível, várias jogadas hoje deram certo graças a Deus, aliás hoje Deus jogou comigo muito, obrigado PRRJ por me emprestar ele

Henrique Wu
E após o torneio, faria alguma alteração significativa no deck ou continuaria jogando com ele?

Gustavo Machado
Allure of Darkness, teoricamente era pra ser um apoio muito grande em meu deck, mas não veio 1 vez na minha mão o torneio todo (tá, eu tirei ela em todos Game 2 e 3 para por side), e pensando em ajustar as Traps, Denko Sekka me fez refletir bem hoje.

Henrique Wu
Pois é, diferente do que acontecia nos últimos torneios no exterior, os Denko Dolls tem ganhado popularidade e roubado o lugar até dos badalados Qliphorts.
Uma prova disso foi um top 8 com 4 Burning Abyss (que na minha opinião é o melhor deck atualmente por sua consistência e poder de reação para as mais variadas situações), 3 Shaddolls e apenas 1 Qliphort.
Conte um pouco sobre como foram suas rodadas.

Gustavo Machado
Vou me contar um pouco do que lembro:

Rodada 1 – Mirror Match
Ganhei de 2×1
Quase tive problemas porque o adversário não anotou corretamente seus pontos de vida.

Rodada 2 – Shaddoll
Ganhei de 2×0
Este jovem creio que não estava com o deck completo, estava usando uma mistura de Lightsworn com Shaddoll, ele me deu uma Shaddoll Fusion, respondi com Raigeki Break no meu Dante ele não tinha um único Shaddoll na mão e perdeu o efeito de sua mágica (isso pq possuia +3 cartas na mão e nenhuma era Shaddoll)

Rodada 3 – Shaddoll com Chaos Dragon 60 cards
Ganhei de 2×1
Tomei um semi OTK no jogo 2 com a jogada de Chaos Dragon, mas consegui ganhar o jogo 3 controlando com PWWB.

Rodada 4 – BA
Ganhei de 2×0
Joguei com o Diego que trabalha na Hot, mão dele zicou no primeiro jogo, no jogo 2 ele estava quase levando, mas fiz uma virada espetacular e ele acabou desistindo do jogo vendo que não faria nada.

Jogo 5 – Shaddoll Artefato
Ganhei de 2×0
Este deck eu tive medo, além do Tiago ser um ótimo jogador ele usar os Artefatos, que zoam um pouco minha liberdade de dar Fire Lake, porém minhas mãos vieram muito boas contra ele, fiz 8000-0 nos dois jogos xD

Jogo 6 – Shaddoll
Ganhei de 2×1 no tempo
Lukinhas errou a contagem de turnos e facilitou minha vida, último jogo meu Vanity’s Fiend teve um papel fundamental para a vitória.

Jogo 7 – BA do PRRJ
Perdi de 2×1
Começei fazendo 1×0, minha autoconfiança fez eu erra nos jogos 2 e 3 e me fez perder para ele, porém aprendi muito neste jogo vendo o Paulo fazer as jogadas certas, creio que este jogo foi fundamental para eu prestar atenção nos meus erros e creio que me ajudou nos 3 jogos do top.

Top 8 – Shaddoll Lukinhas
Ganhei de 2×1
Lukinhas começou me espancando, pisquei e vi eu perdendo o jogo para um monte de bichos, nesta hora eu já estava feliz em ganhar uma box de NECH, dai falei agora é tudo ou nada, vou testar minhas Anti-Spell Fragrance que estavam no side para o jogo contra Qil, e não é que funcionou? Jogo 2 o Lucas veio com a mão perfeita, porém abri com a Anti-Spell e travei o jogo dele, se eu não tivesse isso com certeza perderia, fomos para o jogo 3 e o Lucas errou numa hora que não poderia errar, não destruiu minha Anti-Spell com Dragon que poderia ter enviado com o Mathematician e eu levei o jogo.

Top 4 – Shaddoll Michel
Ganhei de 2×1
Mesma coisa do Lukinhas, jogo 1 eu assisti ele jogar, invocou vários bichos, vi o campo cheio já desisti, apelei novamente para a Anti-Spell, me ajudou no jogo 2, vim com uma mão com várias defesas, levei o jogo, jogo 3 quando eu achava que estava tudo controlado Michel fez uma puta jogada e invoca Leo, meu terror, eu só tinha 1 carta em meu deck que eu poderia tirá-lo, Raigeki, e ele tinha 3 sets.. achei que ali era meu fim, porém quem eu saco na Draw? RAIGEKI.. eu tinha uma Downerd Magician c/ 2 materiais em campo, deu Raigeki, ele aceitou, invoquei o BLS da minha mão e declarei um ataque direto, ele concedeu.

Final – BA Vitor Santos
Ganhei de 2×1
Foi uma final estranha… perdi feiamente o jogo 1… jogo 2 abri de rubic special e summon de Vanitys Fiend… tinha na mão um Flying C e outro Rubic… tomei o efeito do Alich no meu Vanitys Fiend, quando o Vitor tentou fazer algo descendo seus bichos por SS eu dei Flying C, nisto o juiz percebeu que ele estava com um shield diferente e deu game loss para ele, jogo 3 estava mt tenso, qualquer um poderia ganhar, dei 2 Fire Lake no mesmo turno nele e mesmo assim ele resolver um BLS que limpou meu campo e tributou para Vanitys Fiend, eu já estava com a mão boa porém o Fiend me travou todo, eis que saco Compulsory,.. era uma luz no fim do túnel, que deu certo, graças a ela consegui fazer um Dante e baixar o meu Vanitys Fiend, ele concedeu sabendo que não teria como retornar ao jogo com somente 5 cartas no deck..

Henrique Wu
Wow, sem dúvidas cada partida foi emocionante para você neste torneio e para sua alegria tudo acabou bem.
Acredito que tenha perguntado tudo o que deveria, já é madrugada e agora é hora de repor as energias. Gostaria de agradecer pelo seu tempo e mais uma vez gostaria de parabenizá-lo pelo título.
Gostaria também de deixar um espaço para você encerrar a entrevista se expressando da forma que quiser.

Gustavo Machado
Sinister is back!

Bom, é isso!

Espero que tenham gostado de compartilhar um pouco de como foi o dia do campeão deste Torneio Bimestral da Duel Shop.

Até a próxima e boa semana!

Melhoria contínua

Vamos ignorar que você só esteja lendo este post porque já joga Yu-Gi-Oh! e vamos dizer que você tem “um hobby” e queira competir em alto nível, ok? Então tá. Quantas vezes você pratica por semana? Minutos? Horas? Dias? Agora mais importante ainda, quanto desse período de tempo investido você se aprofundou, se empenhou em desenvolver melhor sua leitura do jogo, em formar novas saídas para problemas constantes e não errar os fundamentos básicos do hobby? Resumindo, quanto deste tempo todo você pode considerar que aprendeu algo?

Antes de continuar gostaria de me desculpar pela ausência no blog, este ano minha vida pareceu um touro mecânico, ora estava por cima da máquina tirando onda, ora no chão com a mão na coluna e vice-versa. Só agora as coisas se acertaram, mas isto não impediu que eu chegasse ao ápice do meu desleixo com meu físico (e sim, isto reflete muito sobre você e suas atitudes para quase tudo na vida), mas depois de me recuperar totalmente de qualquer problema físico, psicológico ou monetário, cá estou eu.

Muitas vezes nos deparamos com muralhas à nossa frente, gigantes, impenetráveis, mas se você trabalhar sua mente e “enxergar a verdade”, verá que os seus problemas só podem ser tão grandes quanto nós o fizermos. É quase como a cena da colher em Matrix.

Superar estes paradigmas que surgem diariamente em nossas vidas nos dá a lógica necessária para resolver os que hão de vir. Então não importa o quanto demore, se você tiver foco e lutar, as coisas se adaptarão a você.

Eu nunca joguei futebol na minha vida, sempre achei a maior perda de tempo até que, precisamente, em 2009 me entreguei à paixão nacional. Comecei a frequentar os estádios e “jogava” algumas partidas com a galera da faculdade e eis que tive um derrame no menisco lateral da minha perna esquerda. Não deu pra continuar praticando, mas ao menos pular de uma perna só na arquibancada ainda rolava.

O tempo passou e após tomar muito remédio para repor cartilagem, dezenas de sessões de fisioterapia e o diabo a quatro, agora estou 100%. Perdi 5 anos, mas não a vontade de ter uma condição física melhor que não seja por meio daquele programa de índio chamado academia.

~Eu voltei aos gramados~ (ansss) na semana passada e era o estereótipo do gordinho que era escolhido por último. Mal conseguia correr sem ficar bufando e tomei gol, dei passe errado e perdi bola como ninguém, poderia até jogar pela Seleção na Copa. Hoje, uma semana depois, já consegui correr melhor, não fiz muito, mas dei uma assistência numa bobeira do goleiro que até eu gostaria de ver o replay haha – tá, Henrique, mas este post é sobre YGO, “meu hobby” ou seus problemas? – Calma, fio, estou tentando chegar lá.

Voltando ao tempo que você investe no jogo, é muito fácil se acabar de jogar com amigos, no DN, Devpro, YGOPRO ou seja lá qual emulador do jogo você utiliza, mas até que ponto você tem feito isto com um objetivo em mente? Eu erro MUITO coisas simples após jogar algumas horas por conta do cansaço e é justamente onde tento focar durante meus treinos. Descobrir seu ponto fraco é o primeiro passo para você poder contorná-lo. Num torneio de 7 rodadas ficar cansado não é uma opção e tenho testado exaustivamente tanto os combos do meu baralho como tentado entender melhor a mecânica dos outros para poder desarmá-los.

Mas não basta só ter na consciência que você não pode errar. É preciso praticar o desapego, abrir mão de tudo o que não te faz melhor naquilo que se está compenetrado, compreender que se tem certos vícios no jogo (todos temos) e é preciso abolí-los, estudar e muito a mecânica dos decks que enfrentá (não preciso nem falar que você deve dominar totalmente o que se usará a esta altura, né?).

Este é o espírito do 改善 (Kaizen), ou melhoria contínua, seja no trabalho, na vida ou nas cartinhas, se você tem um objetivo, é necessário fazer alguns sacrifícios para que você evolua. Venho colhido bons frutos com este pensamento desde o ano passado e, apesar de não ter um resultado bom nestes últimos meses, domingo tem o último Duel Shop do ano e estou me empenhando para fazer o meu melhor, se tiver algo de bom para compartilhar podem apostar que compartilharei com vocês na semana seguinte.

Agora fica um resumo para quem procurava alguma inspiração ou um lembrete de como enfrentar o meta.

Burning Abyss
Explosivo e pronto para reagir a quase qualquer situação, simplesmente faça monstros fortes e vá eliminando os monstros deles, atente às traps PWWB/Karma Cut. Tome cuidado para não baixar cartas no campo a ponto da Burning Lake of the Burning Abyss te deixar numa situação em que não há volta.

Qliphort
Não. Deixe. Eles. Completarem. As. Escalas. Destruir Qliphort Scout ajuda muito no começo do jogo. Se o jogo se estender a Qlimate Change deles não dará a mínima para o que você destruiu, então o segredo é bater MUITO enquanto pode, pois falta de vida é a maior dificuldade que o deck enfrenta nesta mesma etapa. O problema é que eles batem muito mais com muito menos nesta hora.

Shaddoll
No geral, NUNCA deixe um monstro do Extra Deck dando sopa no campo. Esteja preparado para jogadinhas surpresa com El Shaddoll Fusion, se o jogador for esperto ele sempre a terá de backup para uma eventual resposta do adversário.
Se utilizarem Artifacts – procedimento padrão, se você é esperto já não ia gastar suas Mystical Space Typhoons em qualquer coisa só porque tinha a possibilidade, contra Artifacts isto é apenas inadmissível.
Se utilizarem Chaos Dragons – não saia setando todas as cartas na esperança de ativá-las, Denko Sekka ganha e ganhará muitos jogos contra quem se desespera.
Independente da build que utilizarem o Shaddoll pune muito o adversário, se não se desesperar e identificar qual build o adversário está usando, fica fácil evitar as dores de cabeça.

Satellarknight
É um deck de controle com uma trap que responde a qualquer ativação, também tem monstros XYZ muito fortes que limpam setups, mas se eles não adicionarem ou não fizerem Special Summon do Graveyard, você ganhará sem dificuldades.

Rogue decks
Sem Special Summon ou a floodgate certa, eles não ganharão. Impeça o spam de monstros e destrua as floodgates, GG.

Bom, é isso. O texto ficou grande, mas acho que pelo tempo que fiquei sem postar nada é um modo de agradar o blog. Sinto muito leitor haha até a próxima e bom Duel Shop!

Report WCQ – Top 8 Nacional 2014

Como vai, pessoal? Neste último fim de semana rolou o Nacional 2014 aqui do Brasil e o evento contou com muito atraso, desorganização (tanto de quem fez como também dos jogadores), e juízes despreparados. Resumindo, foi tudo como o esperado.

Nos últimos meses tenho passado por muitas dificuldades e ando sem motivação para jogar, fora o fato do jogo estar horrível no momento. Tudo isto contribui para minha ausência no blog e peço desculpas a vocês que o visitaram nos últimos tempos e não encontraram nada de novo, com exceção da última postagem que confesso ser uma das piores coisas que já escrevi até hoje.

Mas voltando ao assunto principal, Nacional e o jogo em sí, vou explicar minhas escolhas para o deck que me levou ao top 8 do evento. E eis a build:

Decklist Mermão

Monsters: 27
1 Mermail Abyssleed
1 Tidal, Dragon Ruler of Waterfalls
1 Mermail Abyssmegalo
3 Mermail Abyssteus
1 Atlantean Dragoons
1 Mermail Abyssturge
3 Fire Hand
3 Mermail Abysspike
3 Ice Hand
3 Mermail Abysslinde
1 Mermail Abyssgunde
2 Atlantean Marksman
1 Mermail Abysshilde
1 Mermail Abyssocea
2 Maxx “C”

Spells: 4
1 Pot of Dichotomy
2 Mystical Space Typhoon
1 Soul Charge

Traps: 9
3 Abyss-sphere
2 Brakthrough Skill
1 Bottomless Trap Hole
1 Solemn Warning
1 The Transmigration Prophecy
1 Torrential Tribute

Extra Deck: 15
1 Mermail Abyssgaios
2 Mecha Phantom Beast Dracossack
1 Number 11: Big Eye
1 Bahamut Shark
1 Number 103: Ragnazero
1 Number 101: Silent Honor ARK
1 Evilswarm Exciton Knight
1 Lavalval Chain
1 Abyss Dweller
1 Number 80: Rhapsody in Berserk
1 Ghostrick Alucard
1 Tri-Edge Levia
1 Mechkipped Angineer
1 Mermail Abysstrite

Extra Deck: 15
1 Maxx “C”
2 D.D. Crow
1 Dark Hole
1 Mystical Space Typhoon
2 Zombie World
2 Black Horn of Heaven
2 Debunk
2 Malevolent Catastrophe
2 Skill Drain

Monstros
Eu sou muito supersticioso e muitas escolhas na minha build foram feitas por base em insights que tive ao longo dos preparativos para o Nacional deste ano. A maior escolha eu até comentei com o Paulo (PRRJ) há um bom tempo atrás, sonhei que tinha que jogar com 27 monstros no Main, e é justamente por isso que usei esta quantidade. Sim, eu encaixei 27 monstros só por ter sonhado que usaria este número num sonho.

A coisa que mais chama a atenção nos monstros, além da quantidade, é a linha completa de Hands. Meu motivo para utilizá-las ao máximo é apenas um: era óbvio que MUITA gente as usaria, seja pelos motivos certos ou pelos errados, e a build que veio antes dessa sofria para lidar com elas.

Antes de decidir jogar com esta formação, estava jogando basicamente com a versão “Hobanizada” do deck e não conseguia pensar em nada para combater Hands de forma efetiva e simples (que não envolvesse usar techs arriscadas contra outras matchu-ups ou invocar monstros do Extra Deck) e, como diz o ditado, se você não pode com o inimigo, junte-se a ele.

Muita gente me perguntou “Mas não trava?”, e é claro que não. Muita gente se prende ao básico do deck, como se o deck fosse apenas descartar montros WATER que tenham efeitos quando são descartado para realizar suas tarefas. Adicionar monstros fora do contexto traz muito mais versatilidade para agir, embora perca um pouco de consistência e velocidade.

Ontem mesmo muita gente viu minha build nos Side Events que contava com uma tech BEM inusitada no Main e no Extra deck (mas falarei melhor sobre estas opções só no report do torneio do próximo Duel Shop) e mesmo envolvendo cartas totalmente fora do contexto, ainda sim consegue armar um setup ou um toolbox para qualquer Rank 4 do deck no primeiro turno.

As Hands proporcionam uma segurança enorme pois o meta não está muito suscetível à decks orientados em combos, seria arriscado usar uma build muito explosiva. As Hands suprem as dificuldades que o deck tem tanto para a invocação de monstros Rank 4 no cenário atual, quanto em lidar com ameaças antigas como Evilswarms, que impede as jogadas dos Mermails de nível maior, como as ameaças atuais que são o fato de destruir backrow do adversário no seu turno (caso dos Artifacts) ou invocar os monstros por Special Summon e ativar seu efeito (Traptrix Trap Hole Nightmare é uma chatice).

Outra escolha que parece inusitada foi o uso de Maxx “C” no main deck. Por mais que ache que o deck não seja lá tudo isso, as recentes e constantes vitórias dos Madolches em torneios mostra que o deck representa sim um perigo se você não tiver uma forma de enfrentá-lo e, na minha opinião, Maxx “C” é a melhor delas para meu deck no primeiro turno. Fora Madolche, Maxx também é efetiva contra diversos outros decks pois como as builds de Mermails focadas em Rank 4 geralmente impõe pressão com os monstros invocados do Extra deck, e com a perda da popularidade de cartas que resolvem problemas instantaneamente como por exemplo Dark Hole, a única forma de conseguir superar seus campos é invocando mais monstros, e nessas horas Maxx é o Máxximo.

Magias
Sim, Pot of Dichotomy. Hands são chatas e levam 2, as vezes 3 cartas dos adversários. Por que não prolongar as jogadas que as envolvam?

Fora isso utilizei apenas uma Soul Charge por conta da velocidade controlada que a build tem, não é tão fácil forrar o cemitério com monstros setando um por turno, então…

Armadilhas
Defesas e defesas, entre elas The Transmigration Prophecy que é uma carta incrível tanto defensiva como ofensivamente. Uma dica do campeão do Nacional de 2012, Vinícius de Souza, que fez a diferença em diversas partidas, mas que poderia fazer ainda mais, caso Dragon Rulers e outros decks focados em utilizar o Cemitério estivessem em alta.

Extra Deck
Primal Origins trouxe uma solução sensacional para grandes problemas que eu tinha antes. Number 103: Ragnazero bate de frente com Fire Fists, Inzektors e Dark Worlds, enquanto Number 80: Rhapsody in Berserk cuida daqueles monstros chatos que vivem trafegando entre o Cemitério e o Campo. Grande parte da minha escolha de focar nos Rank 4 foi justamente por conta destas duas cartas.

Side Deck
As únicas coisas que acredito que as pessoas possam achem diferente no side são: Malevolent Catastrophe e Skill Drain. Catastrophe foi minha opção contra H.A.T.E. (Hand Artifact Traptrix Everything Else) por conta das infinitas defesas que o deck tem. Muito usada em decks puros, Malevolent é também o terror do HATE, pois destruir a backrow deles no turno deles significa vitória na grande maioria dos casos. Skill Drain foi uma opção que era absurda contra a grande maioria dos decks em geral, fora o fato de não prejudicar em nada as Hands.

Agora vamos falar, de coisa boa? Vamos falar de Yu-Gi-Oh!?

Rodada 1: Muller Leite – Hand Fire Kings
G1: O primeiro jogo começou com um festival de setadas e acabei vencendo mesmo ele ativando o efeito do Yaksha 2 vezes e limpando meus campos, por sorte tinha Hands para dar suporte.
G2: Neutralizei um Yaksha -> Garunix com uma Debunk na hora do Garunix retornar, após ele ficou na top draw e comprando traps boas que seguraram. Fomos para o tempo, mas consegui vencer depois de comprar um Abyssteus e o ativar com uma Abyssgunde na minha mão.

1-0-0

Rodada 2: Cezar Coscia – H.A.T.E.
G1: Ele buscou uma Bottomless e achei que estava seguro da Traptrix Trap Hole Nightmare, mas ele já a tinha em mãos, quando tentei fazer um efeito ele desmantelou meu campo e venceu logo depois.

Já nos 15 minutos restantes começamos o segundo jogo e foi assim:

G2: Setei Fire Hand + Sphere e passei. Ele invocou Myrmeleo buscando TTHN e setando 4, ativei Sphere que trouxe Linde, que por sua vez invocou um Abysspike que descartou um Abyssmegalo e adicionou uma Abyssgunde. Invoquei um Evilswarm Exciton Knight e não ativei seu efeito, quando falei “passo”, ele fez uma cara de surpreso e comprou sua carta. Ele voltou para mim e no meu turno estava com a mesma quantidade de cartas na mão, então fiz o efeito do Abyssteus descartando a Hunde, e como o descarte era um custo e o monstro estava na minha mão, limpei o campo em Chain, neutralizando sua Hand setada, no processo destruí um Moraltach e um Sanctum, que por sua vez, destruíram Exciton e Teus. Eu tinha uma Abysslinde na mão, destruí o campo dele e fiz Dracossack, depois disso ele ficou na top draw comprando uma carta para setar e ser destruída e tomar um dano por uns 4 turnos até eu finalmente zerar sua vida.

A esta altura o alarme já tinha tocado e não havia um juíz por perto, então não deveria haver um terceiro jogo. Comecei a fazer meu side para o terceiro jogo para o caso um juíz dizer que era para jogar, quando um juíz chegou perto eu o avisei da situação e foi decretado o empate.

Fiquei sabendo depois por outras pessoas que o Cezar começou a reclamar de mim por slow play (?), sinceramente o máximo que posso ser chamado é de caxias, porque não fiz nada de errado para que o empate tivesse acontecido. Sei que não é um resultado bom para ninguém, mas era o justo. Gosto muito do Cezar pelo pouco de ideia que troco com ele, mas jogar a culpa nos outros pelos seus resultados não ajuda em nada. Para poder dar a chance dele se vingar hoje marquei o “terceiro jogo” com ele, confira hoje no DN as 21:30!

1-1-0

Rodada 3: Adeílson Freitas – Fire Fist
G1: Venci rapidamente o primeiro jogo por conta de uma escolha errada em uma de suas Fire Formations.
G2: Ele controlou o jogo e conseguiu neutralizar uma jogada arriscada, que me rendeu a derrota.
G3: Abri com o combo Teus + Ocea e meu campo consistia em um Angineer + Number 103: Ragnazero. Ele ativou uma Dimensional Fissure e setou uma. Em sua End Phase ativei uma Sphere que trouxe um Abyssleed, no meu turno invoquei um Tidal, fiz Dracossack e fui destruindo o campo sem bater, ele não poderia baixar nenhum Fire Fist pois eu tinha Ragnazero e ele uma Fire Formation, ele tentou setar monstros, mas o Dracossack destruiu por dois turnos seguidos seus Fossil Dyna Pachycephalos.

2-1-0

Rodada 4: Guilherme Jardim – Evol
G1: O jogo começou na jogada tradicional deste Nacional, setar monstros e armadilhas até alguém ter alguma mão para combater a do adversário. Foi uma guerra, mas não aguentei seu terceiro Dolkka e ele levou a partida.

Não lembro se houve dois ou três jogos, mas sei que o último jogo ele controlou ainda mais facilmente com Dolkka e a minha build sofre DEMAIS com negação de efeitos e ele levou com a melhor carta do deck, Dolkka negando toda e qualquer tentativa de jogada que eu tentava fazer.

2-1-1

Rodada 5: Augusto – Agent
G1: Lembro de lá pelas tantas estar com um Mechkipped Angineer e um Big Eye em campo, ele invocou uma Kristya e tentou bater no Big Eye pois esqueceu do Angineer. Então roubei a Kristya e aí já dá para saber o fim da história.
G2: Abri com Maxx “C” e na segunda ativação do efeito da Venus o ativei, ele invocou um Gachi-Gachi, setou uma atrás. No meu turno setei uma Fire Hand e passei, ele bateu com a Venus e após ser destruído tentou ativar o efeito de sua Forbidden Dress setada, como a janela de ativação deve ser antes da Damage Calculation e ele não entendia, chamou o juiz e então entendeu. Venci pouco depois, comprar as duas cartas no Maxx fez toda a diferença para mim.

3-1-1

Rodada 6: Natan Colavite – Evilswarm
G1: O primeiro jogo venci facilmente por conta das Hands que são uma ótima opção contra todo o deck Evilswarm.
G2: Consegui me livrar de seu Ophion no T1, mas tive que negar um Dark Armed Dragon em seu segundo turno, tomei um beatdown e não resisti dois turnos.
G3: Consegui gastar diversos recursos dele e Brekthrough Skill negou um Kerykeion chave e consegui vencer turnos depois.

4-1-1

Rodada 7: Fernando Teixeira (Alemão) – Hand Fire Trix
G1: O primeiro jogo ele conseguiu se travar por inteiro, não conseguiu comprar uma Tenki sequer e lá pelas tantas comecei a roubar os monstros dele com meu Big Eye e venci.
G2: Já quase na top draw e eu com um monte de recursos na mão, ele ativou Breakthrough Skill em uma Ice Hand achando que negaria seu efeito, depois deste erro consegui vencer pela quantidade de jogadas que tinha em mãos.

5-1-1

Rodada 8: Paulo Duque – Geargia Hand
G1: Jogadinha básica de Hands setadas com muita backrow da parte dele e minha, ele não conseguiu um Geargiagear ou Geargiarmor sequer e não resistiu às minhas Hands.
G2: Ele começou com Macro Cosmos e também Geargiarmor, sai com out pra Macro e resolvi um Teus que virou Alucard, destruí o Geargiarmor e venci pouco depois.

6-1-1

Apesar de ter o pior desempate entre os 6-1-1, o resultado me rendeu o Top 8, domingo ainda tinha mais chão. Fomos requisitados às 8 da manhã, para variar esperamos um bom tempo plantados lá no lado de fora do local até sermos chamados.

Os juízes conferiram as decklists e as 9:30 o top começou.

Top 8: João Pedro – Genex Mermail
G1: Comecei setando Hands para forçá-lo a gastar, ele sabia como contorná-las então lá pelas tantas fiz o flip Summon de alguns monstros para fazer XYZ. Terminei o turno com Bahamut + Trite + Angineer + Ice Hand (pelo que me lembre). Ele iscou minha backrow e ativei na esperança dele não ter nada na mão, agora com minha zona de Magia/Armadilhas vazia ele ativou sua Soul Charge e terminou com um Big Eye, 101, Undine e meu Bahamut. Depois perguntei por que ele não tinha ativado o efeito do meu Bahamut, e ele respondeu que precisava retirar minha Trite e Big Eye era a única opção. No meu turno fiz um Exciton e limpei o campo e passei, ele ativou o efeito de uma Undine enviando Infantry, destruíndo o Exciton e batendo, no meu turno invoquei um monstro e destruí seu Undine. Turnos depois ele estava apenas com uma carta na mão e eu tinha um Megalo + Leed. Errei fazendo um Abyssgaios, a carta na mão era uma Salvage, ele retornou o Undine + Marksman e conseguiu virar o jogo logo em seguida.
G2: Comecei com Teus buscando Abyssocea e fazendo um Tri-Edge Levia no primeiro turno com 2 backrow. Ele invocou um Teus descartando um Marksman, neguei seu efeito e ele destruiu uma de minhas backrows. Em meu turno eu tinha um monstro para superar seu Teus e venci dois turnos depois.
G3: Ele começou com uma magia/armadilha setada, se não me engano, e passou. Setei uma Debunk no meu turno e no dele ele fez o efeito do Tidal descartando um Marksman, neguei o efeito do do Tidal e o juíz não lembrava se o Tidal era removido ou não, após conferir isto e confirmar que o Tidal não era removido. Continuamos jogando até que ele fez um mega campo e eu sobrevivi com uma linde trazendo um Turge na esperança de comprar qualquer level 4. Ele setou umae passou. Comprei um Megalo e passei, ele bateu meu Turge e me deixou com 3400 de vida. Comprei Soul Charge e ativei sem pensar, invoquei Leed + Teus + Linde. Tributei a Linde para enviar uma carta da mão dele para o cemitério, era um Genex Controller. Invoquei um Big Eye e ele respondeu com um Compulsory Evacuation Device. Mais uma vez parei pelo top 8.

O Pedrinho subiu até a final, mas acabou vencido por Mateus Nóbile, que estava de Madolche e assim se encerrou mais um Nacional de Yugi.

Os side events que participei não merecem nem report de tão mal que joguei. Participei de apenas 2 Win-A-Mat, um com uma série de péssimas jogadas por minha parte na final e outra em que fui vencido por uma sucessão de mãos horrendas + Soul Charge que perde tempo (?), então vamos pular para o resumo da ópera.

Prós
– Rever amigos que só vejo nos Nats;
– Topar consecutivamente em um nacional (num formato CHATO demais para decks de combo);
– Meu meta call surtiu um efeito muito bom, as Hands venceram jogos sozinhas;
– Almoçar naquele buffet maravilhoso;
– Premiação em dia (deveria ser normal isso, mas é algo incomum);
– Vaga para o Continental (só falta as passagens e a hospedagem haha);
– Playmat maneirão (R$ 150,00 + frete);
– 3 pacotes de Sleeves do World Championship Qualifier (R$ 60,00 cada + frete).

Contra
– Ficar pelo Top 8. De novo;
– Despreparo de alguns juízes;
– Não sair na foto, outra vez, por estar jogando torneios paralelos;
– Jogar estes mesmos torneios paralelos porcamente;
– Como eu falei, ando MUITO desanimado com tudo e isto repercutiu no jogo e por isso muitas informações das partidas eu não lembro ou podem estar equivocadas.

Bom, é isso. Fiquei muito feliz pois fui ao campeonato desacreditado e consegui topar. Infelizmente fiquei pelo caminho outra vez, mas já me ajudou a esfriar a cabeça e me reanimar ao menos no meu hobby.

Espero vê-los novamente no Duel Shop do dia 15, até lá bons jogos e se cuidem!

Com que roupa eu vou pro samba que voce me convidou

Pois é gente, já estamos no deadline e a brasileirice mostra que, vai ter Copa sim, mas não merecíamos. E não estou falando de fato da Copa, mas sim do Nacional de Yu-Gi-Oh!.

Todo ano é a mesma história, avisam o local com um mês de antecedência e nunca sabemos se: 1- a última coleção valerá, o que resulta em não saber ao certo qual deck você PODERÁ usar no torneio, e; 2- há tempo suficiente de todos os jogadores poderem contar com o material.

Parabéns Devir, você como representante do jogo no país é uma grande piada ao fortalecer o comércio “paralelo” de lojas que compram de outros lojistas no exterior para que tenhamos o material em tempo. Vocês são fracos mesmo.

Mas pulando minha revolta, que não vai mudar a cabeça de gente ruim e empresa fraca, falarei do que eu posso contribuir para você leitor tentar transpassar os efeitos colaterais do evento cuja organização é um vexame, já cultural, o chamado Nacional. Então falarei de algumas opções interessantes para você ter uma performance melhor de acordo com as coleções permitidas.

A primeira coisa a se perguntar é: valerá Dragons of Legends (Fire Hand, Ice Hand, Soul Charge) e/ou Primal Origin (Madolche Anjelly, Artifacts)?

Bom, se não puder nenhuma das coleções acima, simplesmente estude o top 32 do YCS Las Vegas (decklists) e fim de papo, você estava preparado antes mesmo de saber.

Agora se a empresa que for detentora dos direitos do jogo no país for uma fraca e permitir coleções que só possuem material paralelo em circulação, sem tempo hábil para que a grande maioria dos jogadores pudesse por suas mãos nas cartas novas, e é o que eu já dou como certo, então você precisa elaborar um deck um pouco mais preparado para enfrentar uma enxurrada de cartas novas que te surpreenderão e eliminarão seu deck num passar de turnos. E é justamente sobre elas que falarei:

Fire Hand e Ice Hand

DRLG-EN046 Fire Hand
FIRE/Pyro – Effect/4/1600/1000
When this card in your possession is destroyed by your opponent’s card (either by battle, or by card effect) and sent to your Graveyard: You can target 1 monster they control; destroy that target, then you can Special Summon 1 “Ice Hand” from your Deck.

DRLG-EN047 Ice Hand
WATER/Aqua – Effect/4/1400/1600
When this card in your possession is destroyed by your opponent’s card (either by battle, or by card effect) and sent to your Graveyard: You can target 1 Spell/Trap Card they control; destroy that target, then you can Special Summon 1 “Fire Hand” from your Deck.

Lembra dos buscadores? Mystic Tomato, Giant Rat, Pyramid Turtle? Então, imagina que eles injetaram esteroides e agora destroem o que tiver pela frente. Não bastasse poder fazer um ciclo com monstros em ATK do adversário para destruir o campo todo, eles também ativam seus efeitos destruídos da mão, ou mesmo quando suas invocações sejam negadas.

Como combater: Abyss Dweller, Phoenix Wing Wind Blast, Compulsory Evacuation Device, qualquer monstro em defesa com 1600+ DEF ou destruindo eles no meio de uma chain para que percam o timing.

Soul Charge

DRLG-EN014 Soul Charge
Normal Spell Card
Target any number of monsters in your Graveyard; Special Summon them, and if you do, you lose 1000 Life Points for each monster Special Summoned by this effect. You cannot conduct your Battle Phase the turn you activate this card. You can only activate 1 “Soul Charge” per turn.

Monster Reborn está banido. Quem liga para isso quando se tem outra carta que renasça monstros em massa para fazer Synchros, Exceeds ou simplesmente ressucitar seu stand alone pelo preço de 1000 LP por monstro. É uma ótima carta, mas não é excepcional primeiro pelo custo, e ainda mais pela condição de não poder ter Battle Phase no turno que a ativa.

Como combater: Cara, sinceramente muita gente vai se matar com esta carta por não calcular bem o efeito colateral, mas fora isso tem Maxx “C”, Flying “C”, D.D. Crow, fora as traps usuais para barrar invocações. Só tem que lembrar que nem sempre é vantagem negar a ativação da Soul Charge com Warning, pois se sua ativação for negada, ele poderá ativar outra. De resto pode apostar que muita gente te fará sorrir ao ativar a carta.

Madolche Anjelly

PRIO-EN028 Madolche Anjelly
EARTH/Fairy – Effect/4/1000/1000
When this card in your possession is destroyed by your opponent’s card (either by battle or by card effect) and sent to your Graveyard; Shuffle this card into the Deck. You can Tribute this card; Special Summon 1 “Madolche” monster from your Deck, but shuffle it into the Deck during the End Phase of your next turn. You can only use this effect of “Madolche Anjelly” once per turn. That Special Summoned monster cannot be destroyed by battle.

Toda delicadinha em seu vestidinho branco e um rostinho meigo, pode apostar que é um travesti só esperando para te fazer dodoi. Não se deixe levar pela aparência, esta carta pode ser um pesadelo que leva a outro pesadelo chamado Tiaramisu muito rápido. Doce, só no paladar de quem tá investindo uma grana nesta carta. Além de ser buscável, Anjelly faz setup pros Madolches e acelera MUITO o deck, e quando Tiaramisu entra em jogo, pode contar que se você não tem um out para ela, vai quebrar a cara.

Como combater: Skill Drain, Breakthrough Skill, Black Horn of Heaven e Maxx “C” dão conta do deck todo. Apesar de ser muito bom, o deck, se não rodar no primeiro turno, é um lixo.

Artifacts

Como nos depoimentos do Orkut “O que falar desse arquétipo que mal conheço, mas já ODEIO?”. Bom, nem precisa odiar porque eles são ruins. Sério. São pesados e travarão muito. No entanto, quando eles não travam vão punir suas n00bices com Typhoon, entre outras cartas e te deixarão de saia justa. A build em que eles estão mais populares usa de cartas buscáveis (Traptrix) e puxáveis (Hands), para mitigar o fato ruim deles podem vir na sua mão (se fossem espertos misturariam Traptrix e Hands com coisas melhores, mas…). Não bastasse serem invocados quando você gastou sua preciosa Mystical Space Typhoon em seu turno para fazer nada, quando eles são destruídos na zona de Magia e Armadilha eles se invocam e a mágica acontece. Um destrói uma carta virada pra cima, outro impede você de fazer invocações do Extra Deck e por aí vai.

Como combater: Soul Drain, Light-Imprisoning Mirror, Macro Cosmos, Banisher of the Light, Fossil Dyna Pachycephalo, entre outras coisas que, ou parem Special Summon, ou neguem seus efeitos ou não permitam os montros de serem invocados. Vale lembrar que eles tem um Typhoon próprio e uma trap que os invoca do deck, então nem sempre as escolhas de Magia/Armadilhas contínua serão tão efetivas. Mas o melhor estratégia para este deck consiste no cara se sabotar, porque os Artifacts são realmente péssimos e como eles vêm em números grandes, a probabilidade de comprar um monstro inútil que precisa de tributo os farão perder se você não for ganancioso e souber usar suas destruições de Magia/Armadilha na hora certa.

Conclusão

Sinceramente, com exceção das Hands, não acho que estes novos concorrentes populares estão acima da média como a maioria acha, até mesmo porque se não misturados com algo (o que aumenta e muito a chance do deck se sabotar) ficam sem expressão alguma. São sim uma alternativa mais válida do que usar 3 de cada carta de compra como era, mas acredito que passem longe da supremacia como foi na era dos Dragon Rulers no ano passado. Então jogando atentamente e procurando saber como cada deck funciona, não me surpreenderia ver MUITO deck ~obsoleto~ performando muito melhor do que estes novos. Se eu pudesse apostar em um deck para acabar com quase todos estes citados, com certeza apostaria no Evilswarm. Além de já ser bem popular por aqui, consegue frustrar a grande maioria destas novas opções, principalmente os Artifacts que quando vêem um Ophion com Pandemic(s) choram sangue.

Keep Calm e prestem atenção, o meta ainda está muito mais aberto do que você imagina.

Alguns combos com Mermail Abyssgunde

Vídeo

Boa tarde galera, esta semana conversei com o amigo Nicolas Konig pelo Facebook e ele me disse que haverá um WCQ Regional Qualifier neste fds em Curitiba e pediu algumas dicas sobre o deck.

Sendo assim, resolvi fazer um vídeo falando um pouco sobre minha opinião de como a lista de Banidas e Restritas influenciam os Mermails.

Informações sobre o Regional

Regional WCQ fase LVAL, O Legado do Destemido

Vicious Games & Hobbies
Avenida Marechal Floriano Peixoto, 793
Centro – Curitiba/ PR

Inscrições: das 9:00 até as 10:00 do dia 06/04/2014

Horário dos torneio: 10:30

Valor da Inscrição:
R$ 22,00
Cada participante recebe boosters da coleção LVAL-PT O Legado do Valente (booster em português)

Formato do torneio:
O Torneio será realizado em formato Suíço Avançado e o número de rodadas dependerá da quantidade de Duelistas participantes.

O Torneio segue as regras oficiais que podem ser consultadas em http://www.yugioh-card.com/en/

A listagem dos cards Banidos e Limitados:
http://www.yugioh-card.com/en/limited/#limited_adv

É Obrigatório o uso das DeckLists, você poderá preencher na hora ou trazer preenchida de casa, segue o link para baixar a Decklist

http://www.yugioh-card.com/en/events/forms/KDE_DeckList.pdf.

O NOME DO EVENTO É Regional WCQ LVAL Paraná

PREMIAÇÃO DO REGIONAL

Ainda não temos disponível os boosters e a premiação do TOP.

Caso não recebamos até a data do regional a premiação será entrega posteriormente igual foi feito no nosso último regional

* A Deck list será recolhida no inicio da primeira rodada, por isso tenham ela pronta antes disso para evitar penalidades

Rodadas e Eliminatórias

O número de Rodadas é determinado pela quantidade de participantes:
Até 16 participantes serão 4 Rodadas no Formato Suíço;
De 17 até 32 participantes serão 5 Rodadas no Formato Suíço;
De 33 até 64 participantes serão 6 Rodadas no Formato Suíço;
De 65 até 128 participantes serão 7 Rodadas no Formato Suíço;
De 129 até 256 participantes serão 8 Rodadas no Formato Suíço;
De 257 até 512 participantes serão 9 Rodadas no Formato Suíço;
De 512 até 1024 participantes serão 10 Rodadas no Formato Suíço.

Além das vagas para o WCQ – Nacional e o WCQ – Continental, conforme a quantidade de participantes:

O Top 8 recebe um playmat cada e o
O Top 4 ainda recebe uma deck box cada:

1° Colocado: Vaga, Playmat e Deck Box Oficial dos Regionais
2° Colocado: Vaga, Playmat e Deck Box Oficial dos Regionais
3° Colocado: Vaga, Playmat e Deck Box Oficial dos Regionais
4° Colocado: Vaga, Playmat e Deck Box Oficial dos Regionais
5° Colocado: Vaga, Playmat
6° Colocado: Vaga, Playmat
7° Colocado: Vaga, Playmat
8° Colocado: Vaga, Playmat

Quantidade de vagas

De 09 até 64 participantes são 8 vagas no total
De 65 até 128 participantes são 16 vagas no total
De 129 participantes ou mais são 32 vagas.

Lembrando que se um duelista já tiver ganho sua vaga em outro regional, a sua segunda vaga não é repassada para o próximo colocado e todos os duelistas que ganham suas vagas, devem preencher a ficha de vagas, mesmo que já a tenha preenchido em outro torneio.

Ouro dos tolos

O ano de 2014 mal começou e muita coisa já aconteceu, rolou o primeiro YCS do Brasil, a nova lista de banidas e limitadas foi anunciada, uma nova categoria de monstros foi introduzida no oriente e com eles, novas regras de jogo.

Para quem ainda não está a par das mudanças no OCG, agora há uma nova categoria de monstros chamada Pendulum Monsters (são como tuners, monstros com a capacidade de montar uma mecânica para invocar novos monstros da mão ou do Extra Deck), caso você ainda não os conheça, assista a este vídeo com Jeff Jones ensinando como esta mecânica funcionará (em inglês).

Outra coisa, e que considero até mais importante que a introdução dos Pendulum, são duas mudanças nas regras do OCG. Agora quem começa não compra uma carta na sua Draw Phase (acho que simplificando, a pessoa que começa não tem Draw Phase, esperemos pela definição oficial). Esta medida se dá pelo fato de muitos decks serem capazes de fazer pequenos lockdowns no primeiro turno que podem ganhar o jogo inteiro, tornando a forma que jogamos injusta (lembra do Shock-Lock?). Eu amei esta regra e talvez seja uma boa notícia não só pelo fato de deixar o jogo mais justo, mas também pode ser que a lista nos devolva muitas cartas interessantes após esta mudança.

Também há uma nova regra em que cada jogador pode controlar sua própria Field Spell card, ou seja, ativar seu campo não tirará o do oponente. Isto beneficia decks dependentes de campos como Gravekeepers, entre outros, ao mesmo passo que enfraquece opções de campo usadas em side para combater campos adversários. Também gostei desta mudança pois dá oportunidade para decks que não são tão expressivos. O único que não se afeta diretamente com esta mudança são as Harpias, que não dependem exclusivamente do seu campo para jogar, mas ele proporciona combos sensacionais.

Muita gente pode achar que estas mudanças no OCG não chegarão ao TCG, digo a vocês que vocês são ingênuos. A única chance destas mudanças não acontecerem é se o jogo declarar independência total do oriente, com Mundial separado e regras totalmente diferentes, ou seja, só se Yu-Gi-Oh! deixar de ser Yu-Gi-Oh!, só acho que não é nem viável nem vendável para a Konami fazer isto. O TCG não tem autonomia para fazer de Yugi um jogo próprio.

Por mais que o TCG seja mil vezes mais competitivo do que o OCG, a franquia ainda é japonesa, se até a lista ocidental não pode ser divulgada antes da distribuição da Jump no Japão, não serão estas mudanças nas regras que vão causar uma mudança tão brusca na empresa detentora dos direitos do jogo, então aceitem estas mudanças como realidade. Ah, e Dark Strike Fighter ganhou uma nerfada em seu efeito, pode apostar que acontecerá o mesmo aqui para nós, leve o tempo que for (Lembram da prioridade? Então…).

Depois de passar um resumo rápido das principais coisas que aconteceram no Yugi nestes últimos tempos, um assunto que me chamou a atenção foi o hype de uma carta do Starter Deck 2014 lá do Japão chamada Supply Unit:

Supply Unit ST14-JP022

Supply Unit
Continuous Spell Card
Once per turn, if a monster you control is destroyed by battle or a card effect: Draw 1 card.

Chega a ser engraçado o quanto as pessoas ficam deslumbradas com qualquer carta que tenha a palavra “Draw” em seu efeito. Criam-se até conspirações da carta não sair no deck (olha a ingenuidade atacando de novo), de vir secreta em booster, de valer mais de R$ 100,00 para que poucas pessoas possam usar, como se ela fosse um diferencial no meta. Lembro quando eu nem jogava competitivamente e DDT estava no auge, as pessoas colocavam Trade-In, Allure of Darkness, Destiny Draw, e até mesmo outras cartas bizarras que não tinham a menor sinergia com o deck só no anseio de comprar mais.

Não me levem a mal, é fato que comprar cartas aumenta e muito a chance de se ganhar um jogo, mas esta Ganância Descuidada (há!) não faz um deck ser melhor, ainda mais que a condição para ela se repor não depende dela mesma, é um -1 seco e com pouco potencial no early game. Imagina que louco se num futuro não tão distante você começasse o jogo com apenas 5 cartas e uma delas é sua adorada Supply Unit, parabéns amigo, você começou com 4 cartas na mão, boa sorte para ganhar este jogo.

Sim, ela tem muita sinergia em decks cujos monstros se autodestróem como Fire Kings, Scraps, entre outros, mas se estes decks têm muita dificuldade de jogar bem em um torneio, ou seja, não funcionam super bem fora dos simuladores de jogo, não será uma carta que não faz nada por conta própria que fará estes decks fortes. Só deixarão decks fun, mais funnies.

Nada é certo, eu sei que talvez eu queime minha língua e peço que por favor me encham o saco se isto não acontecer (mas se acontecer, mereço um joínha), mas prevejo que a carta virá no Starter Deck 2014 comunzinha e não fará a menor diferença na camada competitiva do jogo, será ouro apenas na visão dos tolos. Como disse em meu primeiro artigo no blog, don’t believe the hype.

Até lá ou até o próximo post, tenham boas partidas!

Report YCS São Paulo – 19º lugar

E não é que realmente teve YCS no Brasil, rapaz! Tivemos 346 jogadores de todas as partes das américas, sei que é uma média muito inferior aos grandes torneios que vemos rolar nos Estados Unidos, em outros países da América Latina e por toda a Europa, mas foi um grande passo para a consolidação do jogo no país e o nível sempre é muito alto.

Dia 0

Vou começar falando de como foi a saga para a galera de São José dos Campos poder ingressar no evento. Era uma sexta-feira de trabalho pós Carnaval e decidimos ir mais cedo para fazer a pré-inscrição e não ter que correr durante o sábado de manhã correndo o risco de ficar de fora. Resolvemos sair da cidade as 16h, imaginei que chegaríamos a tempo e que tudo aconteceria conforme o planejado, mas a vida é uma caixinha de surpresas e a gente acaba tomando uns socos no meio da cara para aprender a não ser tão esperançoso.

Entre congestionamentos bizarros, rotas interditadas por conta de obras que o Google Maps não sabia, acidentes, uma chuva torrencial sinistra e algumas falhas humanas, acabamos chegando no saguão de inscrição exatamente às 18:59 (as inscrições eram até as 19:00), por pouco quase perdemos o dia ficamos sem nossos Tokens de lembrança (aliás estou procurando eles em troca, se estiverem negociando entrem me contato hehehe). Até tirei um print assim que sentimos a porta batendo atrás de nós.

Just in time!

Missão cumprida, fizemos nossa pré-inscrição, jantamos na praça de alimentação, cumprimentamos uns amigos, fizemos algumas trocas e fomos ao hotel em que fizemos a reserva e tivemos uma surpresinha, digamos que peculiar, com uma cama espelhada, foi um tanto constrangedor, mas pela localidade e preço era o que tinha para o dia haha pelo menos havia uma cama para cada um. Isto só não foi tão estranho quanto o “brinde” encontrado pelo amigo Thiago Daros (BOB) no banheiro de seu quarto, um pote de KY hahahaha

Dia 1

Vamos direto ao assunto, usei a seguinte build:

Monsters: 23
1 Mermail Abyssleed
1 Tidal, Dragon Ruler of Waterfalls
2 Mermail Abyssmegalo
3 Mermail Abyssteus
1 Atlantean Dragoons
1 Mermail Abyssturge
2 Aqua Spirit
3 Mermail Abysspike
3 Mermail Abysslinde
3 Mermail Abyssgunde
2 Atlantean Marksman
1 Mermail Abyssocea

Spells: 7
1 Dark Hole
3 Mystical Space Typhoon
3 Upstart Goblin

Traps: 10
3 Abyss-sphere
1 Abyss-squall
2 Breakthrouh Skill
3 Reckless Greed
1 Torrential Tribute

Side deck: 15
3 Maxx “C”
2 Ghostrick Jackfrost
1 D.D. Crow
2 DNA Surgery
2 Light-Imprisoning Mirror
2 Fairy Wind
3 Overworked

Extra Deck: 15
1 Mermail Abyssgaios
2 Mecha Phantom Beast Dracossack
1 Number 11: Big Eye
1 Bahamut Shark
1 Number 101: Silent Honor ARK
1 Diamond Dire Wolf
1 Evilswarm Exciton Knight
1 Lavalval Chain
2 Abyss Dweller
1 Leviair the Sea Dragon
1 Mechkipped Angineer
2 Mermail Abysstrite

1ª Rodada – (Hieratic Rulers)
G1: Meu oponente começou, setou um monstro e passou, resolvi Megalo descartando Marksman, invoquei um Teus, invoquei um WATER qualquer, tributei pelo efeito do Megalo e causei 6500 de dano, venci logo em seguita.
Ele sequer esboçou vontade de sidear e resolvi retribuir o favor.
G2: Ele setou um monstro novamente e resolvi Abyssmegalo descartando Marksman e buscando Abyss-squall, destrui seu Divine Dragon Apocralyph, baixei Abyssteus e encerrei com um Abyssgaios no campo, uma Abyss-squall e uma Breakthrough Skill setada. Ele começou a combar e fui deixando até ele ficar com o seguinte campo: Red-Eyes Darkness Metal Dragon, Gaia Dragon, the Thunder Charger, Stardust Dragon e então invocou um Chaos Sorcerer sem nada na mão. Após ele tentar remover meu Gaios e eu negá-lo ele desistiu, uma baita falta de atenção.

1-0

2ª Rodada – (Gravekeeper)
G1: Eu perdi este jogo pois o juíz disse que eu não poderia dar alvo em um monstro meu pelo efeito da Abysstrite enquanto o Necrovalley estava em campo, eu tinha uma Mystical Space Typhoon guardada, mas resolvi não ativar, perdi pouco depois.
G2: Fui destruíndo recurso por recurso com a triangulação de Pike, Turge e Marskman e ganhei facilmente.
G3: No meu segundo turno resolvi Sphere>Linde>Pike e ele deu Fiendish, no meu turno invoquei outro Pike descartando Marksman e tomei outra Fiendish Chain, fiz um Evilswarm Exciton Knight e desta vez recebi uma Solemn Warning, graças a estas trocas que a galera tanto tá falando sobre “simplified game state” pude retirar toda e qualquer ameaça para futuras jogadas e venci por conta disso.

2-0

3ª Rodada – Felipe Saula (Bujin)
G1: Fiz conta errada e não o matei, mereci perder logo depois por falta de recursos.
G2: Venci com pouco esforço.
G3: Ele ativou no segundo turno Prohibiton chamando Abysspike, Prohibition chamando Abyssteus, tinha uma Royal Decree ativa e Kaiser Colosseum. Segurei o quanto pude e consegui limpar o campo dele, fiz a escolha errada de destruir a Decree para resolver minhas traps e o tempo acabou. Fui inflingindo o que pude de dano até o fim, quando poderia ganhar, comprei uma trap.

2-1

4ª Rodada – Victor Botacin (Harpie)
G1: Ganhei retirando recurso após recurso e fazendo os paranauês de sempre.
G2: Ele saiu com Dimensional Fissure e eu com Maxx “C”, baixou uma Cyber Harpie Lady e mais uma set, invoquei Atlantean Dragoons e bati cabeça removendo ambos, ele baixou uma Harpie Lady 1 e me atacou, baixei um Pike e bati, fui fazendo isto por conta de Hysteric Party, com a DFissure em campo ele jamais poderia ativar e fui limpando as harpias o quanto pude, quando veio a MST, destruí a fonte do problema e virei o jogo a meu favor.

3-1

5ª Rodada – Marcelo (Evilswarm)
G1: Perdi a primeira com um beatdown gerado por uma Warning que ele setou.
G2: Ganhei com facilidade resolvendo um Exciton Knight e o deixando com 1 na mão.
G3: Ele me deixou com 100 de vida, fiz um campo de Linde setada, duas Abysstrites em defesa e um Bahamut Shark atacando, ele baixou um Heliotrope, setou uma e passou, virei tudo para o ataque e ataquei, pois fiz a conta errada, ele ficou com vida ainda, setei um Abyssmegalo tributando a Linde e um das Trites. Ele conseguiu NÃO comprar um monstro em 2 turnos em que eu não pude comprar por conta das Reckless e venci em seguida por pura sorte.

4-1

6ª Rodada – Eduardo Neves (Harpie)
G1: Retirando recursos, não baixando monstros para evitar Icarus Attacks, vitória.
G2: O side dele simplesmente não veio e quando não vem side a partida sempre é favorável ao Mermail.

5-1

7ª Rodada – Hector Lorenzo (Mermail)
G1: Controlei o campo e resolvi Lavalval Chain com Tidal, mas tomei um OTK pois resolvi guardar o Tidal na mão para tentar o mesmo no turno seguinte com Abyssgunde.
G2: Abri porcamente com duas Aqua Spirit, Breakthrough, Dark Hole e Abyss-sphere, a Sphere que poderia me salvar tomou um MST em resposta, aí já viu.

5-2

8ª Rodada – Mohamad Amin (Evilswarm)
G1: Lembro pouco, mas venci.
G2: Tomei outro beatdown patrocinado por Heliotrope e perdi em seguida.
G3: Ele encerrou seu turno com um Ophion e um Thunderbird setando uma Infestation buscada pelo Ophion, dei MST na outra setada, uma Soul Drain, ativei Sphere e no próximo turno encerrei com Dracossack, ele fez 101, roubou meu Dracossack e se segurou o quanto deu na top draw, mas eu já tinha Tidal no cemitério e muitos recursos.

6-2

9ª Rodada – (Inzektor)
G1: O cara lá pelas tantas ativou Pot of Duality e pegou o deck como se fosse buscar com o Inzektor Centipede olhando a última carta, e eu falei “tudo bem, é só retornar o deck e resolver a Duality” e foi então que ele embaralhou o deck. Chamei o juíz e ele não deu Warning, mas começou a assistir ao jogo para prestar atenção para outro deslize do adversário. Tomei um OTK em turnos depois.
G2: Breakthrough Skill em Cardcar D, outro em Dragonfly chave e vitória.
G3: Ele setou 5, invoquei o Pike descartando Marksman, ele não ativou nada, depois ele voltou atrás e ativou Torrential Tribute, o rapaz me tirou do sério, depois de meia discussão eu liguei o foda-se e só disse “Tá, tá”. No meio do jogo ele estava com 4 setadas, invocou um Centipede e equipou o Hornet com seu efeito, ativei Overworked. Ele ativou Call of the Haunted e eu fiz uma cara de tristeza, ele sorriu, repetiu a jogada equipando Hornet e ativei outra Overworked, eu tinha uma Breakthrough Skill setada e um Torrential, venci logo em seguida.

7-2

Terminei na 19ª colocação, portanto o YCS acabou logo alí para mim, o jeito seria ir no domingo para realizar trocas e me divertir um pouco mais com o evento.

So close

Eu sei que o carinha de Inzektor não fez por mal em olhar o deck ativando a Duality, porém o fato dele ter visto a carta que não compraria e tê-la embaralhado me causou revolta e chamei o juíz para tentar resolver, nenhuma pena foi aplicada e acabei perdendo o jogo, por outro erro da arbitragem fui prejudicado e quase saí num prejuízo maior, como foi contra o Gravekeeper.

Joguei realmente mal grande parte do campeonato, dei brecha contra o Gravekeeper, perdi um game e, consequentente a Match contra o Bujin (que me proporcionou um desempate horrível), poderia perder facilmente para um Cowboy ou um monstro de 1700+ de ATK para o Evilswarm, mas ainda sim fiquei no quase. Fica como experiência para os próximos torneios.

Dia 2

Estava realmente chateado por não ter conseguido o top, foi realmente por pouco, mas assumo toda a culpa por falhar, arrisquei demais e este é o preço para quem abusa da sorte enquanto precisa ter calma e optar sempre pelo caminho seguro.

Ameacei jogar o 3 vs 3, depois queria jogar o Regional, mas fiquei trocando, fechei meus Noble Knights, meu Mermail Full Foil (terei uma semana para curtir, já que a lista sai em menos de 10 dias) e lá pelas tantas resolvi jogar o Win-A-Mat por não precisar preencher decklist (sim, a maior dificuldade que enfrentei no domingo foi a preguiça causada pelo fracasso do dia anterior.

O Ivan chegou ao meu lado e já disse que a final seria entre eu e um rapaz chamado Guilherme, do Rio de Janeiro, O Astro estava certo haha a final salvou meu dia e ocorreu da seguinte maneira:

G1: Ele setou 5, baixei um Pike, adicionei algo e fui batendo com ele por uns 4 turnos seguidos e ele começou a setar os monstros, um Plaguespreader, depois outro Plaguespreader, ganhei dois turnos depois.
G2: Ele abriu com Lyla tombando Malicious, invoquei Atlantean Dragoons, destruí a Lyla e setei duas Sphere, o imprevisível aconteceu e ele não retirou as Veilers do Main deck, tomei uma Black Rose Dragon com uma na mão, aguentei uns turnos, mas não foi o suficiente.
G3: Este foi o momento mais épico do jogo, se fosse uma final maior com certeza seria tipo ganhar de Exodia do Kaiba no desenho haha comecei com um Pike descartando um Leed, tomei Veiler, bati e passei, ele atacou Pike com Lyla dando 100 de dano, em seu próximo turno ele atacou uma Linde dando 200 de dano e na minha vez fiz uma jogada e encerrei somente com Dracossack em campo. Ele começou o turno dando um D.D. Crow seco em meu Leed, invocou um Dark Armed Dragon e ativou Call of the Haunted designando Zombie Master como alvo, dei Maxx “C” em resposta, ele disse “Vou fazer o YOLO, porque senão a gente vai ficar aqui a tarde inteira aqui”. Ele invocou um Zombie Master, fez um Lavalval Chain, usou efeito do Destiny Hero – Malicious e Plaguespreader Zombie, etc etc, só sei que o campo final dele era: Crimson Blader, Scrap Dragon, Lavalval Chain e Dark Armed Dragon, no meu campo havia apenas um Mecha Phantom Beast Dracossack, agora sem nenhum Token ao seu lado. Se ele me atacassecom tudo eu ficaria com 100 de vida [200 (2800 do Crimson – 2600 do Dracossack) + 2800 (Scrap) + 1800 (Lavalval) + 2800 do (DAD) = 7600] contra meus 7700 de vida (ele marcou que eu tinha 7300, mas eu não sou trouxa), e então resolveu fazer o efeito do Plaguespreader Zombie ficando com nada na mão. Já havia comprado mais de 10 cartas pelo efeito do Maxx, mas nenhuma me salvaria a vida. Eis que no Special Summon do Plague eu compro ELE, o terror supremo, o sanguinário, o cruel ganhador de playmats: Ghostrick Jackfrost! Até separei ele do monte de cartas que estava em minha mão para mostrar pra ele. Fui atacado pelo Crimson Blader no meu Dracossack, em seguida ele bateu com o Plague, bateu com o Lavalval e quando atacou com Dark Armed Dragon e tomou o Jackfrost, que ele nem sabia o que fazia, o rapaz ficou arrasado. Em seguida ele bateu no Jack com o Scrap Dragon, sincronizou o Plague com o Scrap e fez um Leo, the Keeper of the Sacred Tree. Em meu turno invoquei Heavy Infantry (fiz uma build diferente para jogar no domingo), com o efeito do Infantry invoquei uma Deep Sea Diva chamando Marksman do Deck, bati no Dark Armed Dragon com o Marks e invoquei o Armored Kappa, ativei seu efeito ganhando 1000 de ATK e destacando Infantry que destruiu o Crimson Blader com seu efeito, no próximo turno bastava baixar toda a minha mão e ativar minha Sphere para fazer Abyssgaios + Dweller e me livrar do Leo, setei uma MST, um Breakthroug Skill e uma Sphere, mas após sacar uma, ativar o efeito do Lavalval Chain deixando um Black Luster Soldier – Envoy of the Beginning no topo do deck ele concedeu. Para não dizer que eu saí de lá sem ganhar nada, ganhei um playmat belezura que ao menos ajudou a pagar a viagem.

Para fechar

É indispensável dizer que o YCS foi um sucesso tanto pela parte da organização, quanto pelo modo que ocorreu o campeonato em si, eu realmente espero que este tipo de evento aconteça de forma mais frequente aqui no país, pois, apesar de pequeno, o público é muito fiel e, sem dúvidas, é uma forma de conquistar novos adeptos por aqui.

Também gostaria de ressaltar o como é bom ver a galera toda reunida mais uma vez, gente de todos os cantos do país, e de outros países também, todos se divertindo, trocando cartas e experiências. Para quem joga e gosta do jogo não tem como não gostar de algo tão bem feito como foi este evento. Parabéns à Konami e a Devir por tudo que eles fizeram por nós, players.

Ah, e parabéns ao primeiro brasileiro com título internacional no jogo, Carlos Henrique (CHSapo)! Também aos amigos Mário e Heitor Paoli por terem ambos vencido os playoffs e garantido suas cópias exclusivíssimas de Number 106: Giant Hand.

Agora é esperar pela lista que sai entre estas duas semanas para saber quais desafios estão por vir e preparar o que estou sentindo ser minha última build de Mermail para o Hotyugioh do dia 30 deste mês, vejo vocês lá! Até a próxima!

NINGUÉM É DE NINGUÉM!

Pois é, esperei até este dia para confirmar a lista de Banidas e Restritas válida a partir de Setembro para o TCG e não é que fui surpreendido novamente? A lista válida para o TCG será totalmente diferente da que muita gente discutiu e aguardou nas últimas semanas até surgirem os scans no Japão, a Konami mostra-se empenhada em tornar o jogo mais dinâmico e de quebra faturar MUITO no fim do ano com outras listas e produtos a serem lançados. O que você ganha com isso? Campeonatos em que quem joga melhor estará no top e não aquele que tiver dinheiro para montar o deck mais forte, Brace Your Maxx “C”s, Combo Decks are Coming!

A lista será válida até dezembro de 2013, logo, esperem por um sistema de listas similares ao do OCG, acredito que na lista de março do ano que vem terá uma temporada longa de 6 meses como habitual para que os nacionais, continentais e o mundial seja uniforme.

Falarei rapidamente sobre cada uma das cartas que foram alteradas, mais ou menos como nas listas de especulação, só que o que dizendo o que acho sobre a mudança.

Forbidden:

Elemental Hero Stratos: já foi tarde, a saída dele aconteceu com um grande atraso. Permite muitos outros decks a ganhar força como D-Heros que ficam equilibrados e agora têm que mudar um pouco o estilo de jogo.• Burner, Lightning, Reactan e Stream: uma ótima forma de parar os Dragon Rulers, é exagerado, mas deixá-los jogando sem mexer nos “dragões grandes” é um exagero também. Esperem pelo retorno deles e a limitação dos grandes no futuro.

Number 16: Shock Master: já foi tarde, é o melhor XYZ que já fizeram, ele banido pode até significar uma volta dos Wind-Ups no futuro, visto que os combos do deck (e de outros decks que baixavam Shock Master) só eram devastadores porque terminavam com ele em campo.

Card Destruction: já foi tarde, é uma carta que normalmente desestabiliza o jogo e que no deck certo é 80% vitória quando ativada.

Gateway of the Six: já foi tarde, infelizmente para os jogadores de Six Samurai isto deve jogá-los muito abaixo nas opções viáveis. Era a única carta que poderia deixar Six Samurais bom para o formato, agora não espero vê-los tão cedo.

Heavy Storm: eu sempre comentei que era um mal necessário, há muitas traps e a Konami teria que mexer em muita carta para que ela fosse banida, ela o fez.

Monster Reborn: esta eu discordo totalmente, ela permite uma reação caso o deck do adversário seja composto de monstros fortes e um esteja dando bobeira no cemitério dele, apesar de ter um efeito fantástico acho que cada jogador poder ter 1 cópia equilibrado.

Pot of Avarice: desnecessário, o banimento dela se deve ao fato de ser uma +1 automática, visto que muitos decks tombam 5 monstros no primeiro turno sem o menor esforço, apesar de ser uma carta boa e muito viva foi um pouco exagerado.

Spellbook of Judgment: esta carta não deveria ter sido inventada

Super Rejuvenation: já pararam os Dragon Rulers, baniram Card Destruction, nem Exodia Dragon usaria mais esta carta a 1, banir foi desnecessário.

Solemn Judgment: uma surpresa, uma das cartas mais características dos antimetas agora foi parar nas pastas dos colecionadores, substituir com Starlight Road? Não, sem Heavy Storm e com Torrential a 1 o jeito vai ser jogadores de antimeta trocarem de estratégia.

Ultimate Offering: já foi tarde, na mão certa a carta simplesmente ganha o jogo.

Limited:

Atlantean Dragoons: justo, como jogador de Mermail devo admitir que esta carta é a que dá toda a consistência que o deck tem, no entanto existe uma carta chamada Genex Undine que o ativa diretamente do deck. Não é preciso mais que um Abyssmegalo e uma Deep Sea Diva para dar o OTK, no entanto é preciso ter 1 Dragoons no deck, isto faz com que o mecanismo do deck ou ofereça a busca de uma carta com o Dragoons ou o OTK, forçando o jogador a sair com uma power hand e não criá-la.

Brotherood of the Fire Fist – Spirit: concordo plenamente com a medida, Rooster a 1 é ignorante demais sendo que o problema é quem o faz ser bom, na lista ocidental eles acertaram.

Genex Ally Birdman: FTKs não são bons para o jogo, merece a limitação.

Deep Sea Diva: como disse no Dragoons não é necessária mais do que 1 para dar um OTK no Mermail, sempre tive vontade de jogar com 0 delas no baralho, mas sempre as usei para não deixar de fora a opção do OTK, parece que eu ganhei a oportunidade de usar o espaço que eu queria de forma compulsória.

Rescue Rabbit: demoraram para fazer isto, qualquer carta que automaticamente vira um monstro que controla totalmente determinados jogos merece no mínimo ser limitada.

Thunder King Rai-oh: mas o quê? Liberem logo a 3 de novo, deixem os Zumbis terem o esforço de ser forte sem a ajuda das listas…

Evigishki Mind Augus: antes tarde do que nunca, apesar do deck ter sido extinto assim que One Day of Peace foi a 1.

Dewloren, Tiger King of the Ice Barrier: mas o quê? (2) devo estar por fora de algum combo, porque não vejo um motivo sequer para ele não voltar a 3 e a Symbols of Heritage ser banida.

Constellar Ptolemy M7: justo, apesar de ele ser dificilmente invocado agora, prevejo que agora será a era dos rank 6, esperem o retorno dos Monarcas com o direito de fazer spam e buscar cartas chave do deck. 😉

Gold Sarcophagus: só foi a 3 para Dragon Ruler ser o deck quase imbatível do formato anterior.

Royal Tribute: foi a 1 tarde

Eradicator Epidemic Virus: WTF? Konami, já mexeram o suficiente nos Spellbooks, não viajem.

Soul Drain: querem mesmo os Zumbis tinindo com o lançamento da Shadow Specters.

Bottomless Trap Hole, Compulsory Evacuation Device, Dimensional Fissure, Macro Cosmos, Torrential Tribute: Heavy banida = cartas chatas a 1.

Semi-Limited:

T.G. Striker: volta quando a 3?

Plaguespreader Zombie: volta quando a 3?

Mezuki: Konami ❤ Zumbis

Fire Formation – Tenki: tão consensual que está igual à lista japonesa, mas na próxima te espero nas limitadas, amiguinha.

Dimensional Prison: culpa da Heavy Storm, mas acho que não veremos muito por aí.

No longer Limited:

Destiny Hero – Malicious: bem-vindo de volta à elite do Yu-Gi-Oh!.

The Agent of Mystery – Earth: por que demorou tanto?

Tsukuyomi: até hoje não entendo por quê baniram e não retornaram logo após Magician of Faith ter sido banida.

A Hero Lives: sem Stratos é dureza, mas GBs agradecem.

Black Whirlwind: agora a coisa ficou séria.

E – Emergency Call: sem Stratos? Que pena…

Hieratic Seal of Convocation: bom ter decks que não tiveram tanta oportunidade de brilhar, brilhar.

Pot of Duality: jamais deveria ter sido semi-limitado.

Scapegoat: Malicious, Plasma, oi?

Visão geral

A lista está equilibradíssima e também tendenciosíssima para o lançamento dos aguardados Zumbis de Shadow Specters. Fico feliz por demais pois isto significa que meus Mermails jogarão em paz tendo que se preocupar 66% menos com cartas que o impeçam de combar, obrigado Konami. Espero ver muitos decks antigos voltando a jogar num formato adorável, apesar de curto.

Tiro meu chapéu para a Konami pois esta medida, mesmo que seja apenas no fim do ano, nos estimulam a jogar numa época em que o movimento seja fraco nas lojas. Ao menos no fim do ano diversos decks poderão competir.

O que esperar?

Combo decks: o título deste mini artigo de hoje ilustra justamente como os decks controle perderão força neste fim de ano, guardem seus Maxx “C”s e Effect Veilers que o formato será dominado por todo e qualquer deck de combo consistente.
Black Wings: Black Whirlwind a 3 e Delta Crow são cartas muito boas para o formato.
Dragunity: acredito que serão Tier 1 imediato tanto no OCG quanto no TCG nesta breve lista, apesar de achar que numa lista como estas, Tier 1 seja um termo inexistente visto que muitos decks jogarão bem.
Evilswarms: só ganharam com a lista, qualquer deck que tentar fazer monstros grandes facilmente será parado por ele mais do que nunca, no entanto os Monarcas vem aí de volta, e o Ophion vai chorar com os Normal Summons.
Fire Fists: 4-axis continuará sendo um deck fortíssimo, diferentemente do nerfado 3-axis.
Harpies: se sair a dancer, se prepara que vem chumbo grosso.
Hieratics: poderão ter a devida atenção que ainda não tiveram.
Inzektors: bem, não me lembro de quando eles pararam de ser chatos.
Mermails: o único deck que ainda fará Rank 7 brincando e será facilmente combatido com side decks.
Monarcas: é só sair o suporte que os veremos novamente fazendo tudo aquilo que já conhecíamos e mais.
Zumbis: ainda não tenho opinião formada sobre eles, mas por ser muito dependente de Magias e Armadilhas para poder realizar combos os decks que continuarem batendo na tecla do controle frustarão facilmente as chances do deck jogar em paz.
X-Sabers: decks meta totalmente nerfados, Dark Worlds órfãos de Card Destruction, Monster Reborn banido? Então que tal fazer special summon de Synchros e XYZs com uma trap só, destruir várias cartas na backrow e limpar a mão dos adversários?
Wind-Ups: sem Shock Master? Sem arrependimentos, agora é que os brinquedinhos terão mais força para competir de igual para igual com o meta anterior.

Por hoje é só pessoal, até a próxima e deixem nos comentários quais decks você espera ver nos tops até dezembro!

Mundial e palpites

Chegamos novamente àquela época do ano em que um ciclo se fecha e outro é aberto, fim de uma longa temporada competitiva e início de uma mais ainda mais competitiva, no entanto equilibrada, está chegando a Lista de Banidas e Restritas de Setembro de 2013!

O Blo-Gi-Oh! está parado sim, por motivos pessoais e também porque não há muito o que falar nesta ressaca pré-lista, o jogo criou dois titãs quase imbatíveis que se enfrentaram em quase todas, se não todas, as finais de nacionais e não seria diferente do mundial. Desde o Nacional Spellbooks ganharam a carta que os fez ser um deck Tier 1, junto com o lançamento do archetype Dragon Ruler que, somado a uma carta antiga chamada Super Rejuvenation e um amplo suporte que acompanha os dragões na Lord of the Tachyon Galaxy formou o melhor deck do formato, ou mais ou menos isso, eu acho Spellbooks um deck muito mais completo e versátil, no entanto decks com forças descomunais sempre têm fraquezas exorbitantes e por isso Dragon Rulers é o mais consistente e difícil de ser parado, o que foi comprovado ao longo dos resultados que todos pudemos observar.

Falando em resultados, parabéns a Shin En Huang pelo campeonato mundial (torci para ele por ser filho de taiwanês) e a David J. Keener III pelo segundo lugar! Huang mostrou que simplicidade nas escolhas durante a construção de uma build também surpreendem. A final deste mundial foi entre Dragon Rulers e Spellbooks, não entrarei em detalhes porque nenhum deles alteraria o resultado final, foi merecido e o melhor deck venceu.

Se você não assistiu à finais ao vivo, assista a gravação do stream aqui:

Abaixo a decklist de Huang feita pelo Deck Express:

Aos vencedores, as batatas

Legal, temos um novo campeão mundial de Yu-Gi-Oh!, mas, e o que será de nós, meros mortais? Bom, só nos resta esperar a lista de setembro para tentarmos nos tornar lendas no jogo em 2014 e é justamente sobre meus palpites que falarei agora.

Jogabilidade

Antes de mais nada vale lembrar que a Konami anunciou na semana passada que junto com a lista de banidas e restritas de setembro, haverá mudanças que prometem transformar nossos duelos em uma experiência mais prazerosa, posso listar por alto umas 10 teorias sobre o que poderia mudar para o jogo ficar mais dinâmico e prazeroso do que já é, mas meu palpite se limitará a um: Re-Draw. A regra adotada nos torneios selados do Battle Pack 2 consiste em que, em uma partida cada jogador tem o direito de, uma vez apenas, embaralhar a mão de volta no deck e sacar uma nova mão antes do começo de uma partida, caso tenha realizado o Re-Draw o jogador deverá fazer marcação na mesma ficha de resultados para que não haja um abuso do recurso. Vale lembrar que isto só pode ocorrer em 1 das 3 partidas possíveis por rodada, o que evita exageros e não altera em nada o jogo, apenas dá o direito de se livrar daquelas mãos horríveis que as vezes nos perseguem.

~la lista

Quando se fala em Lista de Banidas e Restritas começa aquela gigante discussão acerca do que deve ou não mexer. Aos ingênuos que acham que a lista é feita há um mês de ser divulgada, sinto desapontá-los, mas acredito que já planejaram até a lista de setembro de 2014, então não adianta ficar chorando e achando injusto, a Konami sabe o que faz, gostem ou não, e o que pode parecer estranho ou desnecessário é ou será justificável em um futuro próximo. Eu separo as cartas das listas em 3 categorias:
1- Necessárias: são aquelas que faziam o jogo ficar nas mãos de apenas 2 ou 3 decks, geravam vantagens absurdas e tornam o jogo em uma decisão de par ou ímpar, quem começa com essas cartas quase sempre ganha;
2- Nada pessoal, só negócios: são cartas fortes de archetypes antigos e que, pela Konami não fornecer mais suporte imediato ou em um futuro próximo, cortarão justamente para impulsionar vendas de novos produtos e fazer com que adotemos novos archetypes como nossos favoritos;
3- Correções: o jogo muda, e as vezes as cartas do ‘Nada pessoal, só negócios’, ou mesmo as ‘Necessárias’ acabam perdendo sua força com o tempo e voltam para fazer a alegria daqueles colecionadores de banidas e te dar a falsa impressão de que você é especial e por isso voltaram sua carta favorita.

Vamos falar de coisa boa, vamos falar de palpites?

Banidas
Em minha humilde opinião, apenas Card Destruction deve ser banida, a carta tinha potencial para deixar decks aleatórios, trolls e antidesportivos jogarem como variantes de Norleras, Empty Jar, Gishki FTK e Dark World, mas a partir do momento em que ela se vê quase que uma staple em um deck meta a coisa ficou muito mais séria. Não bastasse encher os Cemitérios com alimento para a Invocação dos Dragon Rulers, acabar com as cartas que o adversário segurava na mão para contra-atacar e ainda poder comprar exatamente o mesmo número de dragões descartados com a Super Rejuvenation é simplesmente lamentável. Sozinha não é uma carta que demonstra muito perigo no late game, mas a facilidade de comprá-la em uma jogada padrão dos Dragon Rulers pode torná-la em uma potencial condição de vitória no segundo turno, por essas e outras esta carta deve ser a única a ser excluída do circuito.

Restritas
Confesso que considerei diversas cartas como potencialmente ‘baníveis’, mas depois de parar para pensar vi que era apenas butthurt (dor de cotovelo para não traduzir ao pé da letra), nesta lista estavam: Number 11: Big Eye, Spellbook of Judgment e Super Rejuvenation. Para a alegria de alguns e tristeza de muitos não vão matar Dragon Rulers e/ou Spellbooks, ao menos não nesta lista, vão apenas ajustar para que não sejam decks autowin contra a maioria dos outros decks. Eu sempre falo que Brain Control foi banido por muito menos do que um Big Eye faz (considero Big Eye um Change of Heart buscável em certos decks), mas como ele ganhou um inimigo a altura chamado Master of Blades, provavelmente ficará a 1 para gerar aquele desconforto de ter que ser o primeiro a baixar o Big Eye e tê-lo roubado no próximo turno por um Big Eye do adversário.

Super Rejuvenation e Spellbook of Judgment são cartas que fazem os decks Dragon Ruler e Prophecy serem, respectivamente, decks muito fortes e sustentáveis, ou seja, mesmo gastando seus recursos você terá novos de volta no fim de cada turno, coisa que só eles dois são capazes de fazer a esta altura do campeonato. Ambas tem muito em comum, como por exemplo serem uma dead draw quando sozinhas e suas diferenças são justamente baseadas neste ‘contra’ das cartas, Super Rejuvenation precisa de um efeito dos Dragon Rulers para funcionar, já Spellbook of Judgment funciona com qualquer magia que seu oponente ou você ative. Por um lado Spellbook of Judgment parece ser a mais nociva, não? Discordo, a mecânica do deck Prophecy é que faz o potencial da Judgment atingir o seu máximo, então entendo que limitar o acesso à Judgment seja o melhor caminho, uma vez que a mesma carta que busca a Judgment é adicionada pela mesma para continuar gerando vantagens no próximo turno, acredito que Spellbook of Secrets e Spellbook of Fate é que pagarão pela força do deck, assim o jogador custará mais a ativar 3+ cartas de Magia em um turno sob o efeito da Judgment e no próximo turno terá que fazer um combo para extrair a Secrets novamente, e pensar numa forma de combar outra vez para extrair a Fate, que é a maior proteção do Prophecy. Isto mantém a qualidade do archetype, mas faz com que ele tenha que ser melhor gerenciado.

A Super Rejuvenation parece ser muito mais fácil de travar, no entanto o deck Dragon Ruler tem em média 23 dragões buscáveis dos quais muitos deles ativam efeitos de buscar outros ao se utilizar uma das cartas de aceleração do baralho, logo, é fácil buscar uma alternativa para usufruir de sua Super Rejuvenation que mesmo sendo uma dead draw, não significa que você estará numa situação ruim, ter a opção de Invocar um Monstro com 2800 de ATK em campo com um blefe atrás pode ser a melhor situação. No mais esta carta deve ir a 1 por sua força, 1 única cópia dela pode valer um jogo, no entanto dificultar a compra desta condição de vitória faz com que as coisas fiquem mais fáceis aceitáveis para os adversários.

Falei acima de cartas que considero ‘Necessárias’ para a saúde do jogo, agora falarei das ‘Nada pessoal, só negócios’, antes da Lord of the Tachyon Galaxy ser lançada Mermails e Fire Fists representavam o tier 1, com a perda de força dos atuais tier 1 eles ficariam em grande vantagem se continuassem do jeito que estão, por isso acredito que ceifarão os motores de ambos os decks: Atlantean Dragoons e Fire Formation – Tenki. Dragoons chega a ser absurdo e mesmo a 1 seu efeito é facilmente ativado do deck pela Undine, talvez além de deixar o Mermail mais lento a medida faça com que voltem a usar a carta que diga-se de passagem ainda é muito boa, já a Tenki é muito forte, a chegada do Brotherhood of the Fire Fist – Rooster pode e fará com que o deck seja muito jogado daqui pra frente no ocidente também e os novos Bujingi podem gerar um impacto no meta também, talvez mexer na Tenki seja uma alternativa mais para o futuro do que imediatamente depois da lista.

Semi-restritas
Quase sempre as semi-restritas hospedam as cartas ‘Nada pessoal, só negócios’ ou cartas que a 3 fazem combos antidesportivos e como não há nenhuma assim no momento não adianta muito discutir o que vai ou não parar por aqui, a melhor situação seria alguma das listadas acima vir parar aqui, o que pode significar que na próxima lista rodarão de vez e seus respectivos decks serão extintos ou congelados no meta por um bom tempo.

Ninguém é de ninguém
As cartas não mais limitadas são sempre correções, não me arrisco a chutar nesta categoria pelo simples fato de que são cartas inexpressivas para o meta.

Bom galera, é isso! O post ficou grandinho, mas acho que consegui soltar tudo que estava segurando neste tempo de ausência, espero que tenham gostado, sintam-se a vontade de deixar nos comentários o que acham que a lista deve mexer. Obrigado e até a próxima!

A arte do vazio

Fiz kendo por alguns anos e, apesar de não ter levado adiante minha vida neste esporte por motivos físicos, levo muito do que aprendi lá comigo. Ainda quando kendoka li Go Rin No Sho (O Livro dos Cinco Anéis) escrito por ninguém menos que Miyamoto Musashi que era dividido em 5 capítulos: Terra, Água, Fogo, Vento e Vazio, onde ele fala sobre diversos conceitos aplicáveis tanto dentro quanto fora dos campos de batalha. O capítulo mais importante, assumindo que se leu e assimilou todos os outros capítulos é o Vazio, onde tudo o que se aprende é “esquecido”, não ao pé da letra como à primeira vista parece ser, mas sim libertando o leitor de conceitos fixos, dando asas à imaginação e, principalmente, ao coração, à intuição, à necessidade para nos guiar na hora das decisões. E é justamente isto que quero abordar hoje, a maneira como devemos proceder quando não cabe mais a nós o rumo de uma partida ou quando precisamos impor ainda mais pressão sobre o adversário utilizando apenas de blefes.

Na derrota

Imagine estas situações: 1- você já viu que estava com o jogo perdido, desistiu com a mão repleta de cartas, olhou a primeira carta do topo do deck e viu que se tivesse mais um turno poderia virar a maré a seu favor; 2- você começa com cartas de reação como por exemplo Mystical Space Typhoon, mas passa a vez sem setá-la com medo de removals do adversário, no turno do adversário toma um OTK; 3- seu adversário tem um Monstro com 2700 de ATK no campo e você tem uma Mirror Force setada com 3000 pontos de vida, ele ataca e você ativa a Mirror, no próximo turno ele baixa um Monstro com mais de 300 de ATK e vence o jogo.

Todas estas situações acontecem diversas vezes durante um campeonato e todas elas tem algo em comum: apesar de não garantirem uma posição boa para você no jogo, caso você tivesse feito um blefe ou uma finta, elas forneceriam uma possibilidade para você se recuperar mais para frente, nada mais justo quando já se está prestes a jogar a toalha, não? Você poderia ter agido de forma diferente em todos os exemplos para, no mínimo, forçar uma ação diferente do adversário, afinal para quê facilitar se você pode induzí-lo ao erro? Hoje em dia é muito arriscado esperar por um milagre, as vezes o milagre pode ter acontecido na mão do seu oponente e você terá que correr atrás do prejuízo em outra partida.

Sempre que penso em uma jogada precipitada eu mentalizo o “E se…”, “e se meu adversário tiver com um Dark Hole?”, “E se ele estiver com uma Tsukuyomi e virar para baixo meu Monstro que está controlando o passo do jogo?”. “E se” é uma pergunta simples, mas sabendo qual deck o adversário está usando e as cartas que já estão em domínio público, estas informações podem levar a uma vitória certa, então e se você tivesse agido de outra maneira naqueles 3 casos que citei alí em cima?

Eu, particularmente, agiria das seguintes formas: 1- setaria o máximo de cartas que pudesse, se eu tivesse uma carta de Monstro forçaria o oponente a Invocar mais Monstros para vencer, se estivesse com Magias e/ou Armadilhas, setaria umas 2 para não demonstrar desespero, se tivesse um Monstro e uma ou mais Magias/Armadilhas, provavelmente teria chance de me recuperar no próximo turno, pois dificilmente um adversário arriscaria perder o campo para uma Torrential Tribute ou Mirror Force quando já está com o jogo quase ganho; 2- setaria sem nem ao menos pensar, apesar de hoje Mystical Space Typhoon estar em baixa, elas são muito importantes em partidas contra Fire Fists, Dark Worlds, GKs, Dragunities, entre muitos outros, e se o adversário tiver a oportunidade de bater direto ele o fará sem medo, foi-se o tempo em que Gorz, Tragoedia e afins eram grandes surpresas, hoje tem um tal de Big Eye que pode fazer sua própria defesa virar uma arma contra você mesmo e acelerar o próprio fracasso; 3- eu sempre penso “Para que gastar um recurso se ele não é necessário no momento?”, é o que aconteceu, você tem 3000 Pontos de Vidas e seu oponente tem um Monstro com 2700 de ATK, você não irá perder neste turno, então para quê dar a Mirror Force? Nunca conte com a carta do topo para virar um jogo, se sua única jogada boa era uma Mirror setada, não gaste a menos que seja uma questão de vida ou morte na partida, se a pessoa tivesse guardado a Armadilha para depois teria dois turnos ao invés de 1 para tentar mudar sua situação.

Na vitória

Você também pode blefar quando está ganhando uma partida e isto pode realmente complicar a vida do adversário caso ele caia na sua lábia. Caso você saiba que seu adversário não usa proteção com Magias/Armadilhas, sete suas Typhoons ou sua Heavy Storm para forçá-lo a gastar seus recursos nelas. Se você tem alguma hand trap, por exemplo Effect Veiler, e outra carta que tenha um efeito similar e compatível, leia-se Breakthrough Skill, sempre use a que está setada (ou já esteja no campo) pois há uma grande chance de seu oponente estar testando suas defesas antes de fazer um ataque de verdade, logo, você terá uma Effect Veiler pronta para negar uma segunda tentativa do oponente reverter sua situação, que dificilmente ele irá obter sucesso.

Existem diversas maneiras de blefar e jogar com absolutamente nada nas mãos e para isto não é necessário seguir uma dica ou outra em específico, basta você seguir sua criatividade e analisar em que passo o jogo está, apenas com isso você poderá se manter em uma posição favorável ou evitar piorar, caso já esteja em uma posição desfavorável. Cabe a você deixar o vazio te guiar e você tomar a decisão certa, quando não se há mais nada a fazer, faça o que puder, apenas não facilite.