Com que roupa eu vou pro samba que voce me convidou

Pois é gente, já estamos no deadline e a brasileirice mostra que, vai ter Copa sim, mas não merecíamos. E não estou falando de fato da Copa, mas sim do Nacional de Yu-Gi-Oh!.

Todo ano é a mesma história, avisam o local com um mês de antecedência e nunca sabemos se: 1- a última coleção valerá, o que resulta em não saber ao certo qual deck você PODERÁ usar no torneio, e; 2- há tempo suficiente de todos os jogadores poderem contar com o material.

Parabéns Devir, você como representante do jogo no país é uma grande piada ao fortalecer o comércio “paralelo” de lojas que compram de outros lojistas no exterior para que tenhamos o material em tempo. Vocês são fracos mesmo.

Mas pulando minha revolta, que não vai mudar a cabeça de gente ruim e empresa fraca, falarei do que eu posso contribuir para você leitor tentar transpassar os efeitos colaterais do evento cuja organização é um vexame, já cultural, o chamado Nacional. Então falarei de algumas opções interessantes para você ter uma performance melhor de acordo com as coleções permitidas.

A primeira coisa a se perguntar é: valerá Dragons of Legends (Fire Hand, Ice Hand, Soul Charge) e/ou Primal Origin (Madolche Anjelly, Artifacts)?

Bom, se não puder nenhuma das coleções acima, simplesmente estude o top 32 do YCS Las Vegas (decklists) e fim de papo, você estava preparado antes mesmo de saber.

Agora se a empresa que for detentora dos direitos do jogo no país for uma fraca e permitir coleções que só possuem material paralelo em circulação, sem tempo hábil para que a grande maioria dos jogadores pudesse por suas mãos nas cartas novas, e é o que eu já dou como certo, então você precisa elaborar um deck um pouco mais preparado para enfrentar uma enxurrada de cartas novas que te surpreenderão e eliminarão seu deck num passar de turnos. E é justamente sobre elas que falarei:

Fire Hand e Ice Hand

DRLG-EN046 Fire Hand
FIRE/Pyro – Effect/4/1600/1000
When this card in your possession is destroyed by your opponent’s card (either by battle, or by card effect) and sent to your Graveyard: You can target 1 monster they control; destroy that target, then you can Special Summon 1 “Ice Hand” from your Deck.

DRLG-EN047 Ice Hand
WATER/Aqua – Effect/4/1400/1600
When this card in your possession is destroyed by your opponent’s card (either by battle, or by card effect) and sent to your Graveyard: You can target 1 Spell/Trap Card they control; destroy that target, then you can Special Summon 1 “Fire Hand” from your Deck.

Lembra dos buscadores? Mystic Tomato, Giant Rat, Pyramid Turtle? Então, imagina que eles injetaram esteroides e agora destroem o que tiver pela frente. Não bastasse poder fazer um ciclo com monstros em ATK do adversário para destruir o campo todo, eles também ativam seus efeitos destruídos da mão, ou mesmo quando suas invocações sejam negadas.

Como combater: Abyss Dweller, Phoenix Wing Wind Blast, Compulsory Evacuation Device, qualquer monstro em defesa com 1600+ DEF ou destruindo eles no meio de uma chain para que percam o timing.

Soul Charge

DRLG-EN014 Soul Charge
Normal Spell Card
Target any number of monsters in your Graveyard; Special Summon them, and if you do, you lose 1000 Life Points for each monster Special Summoned by this effect. You cannot conduct your Battle Phase the turn you activate this card. You can only activate 1 “Soul Charge” per turn.

Monster Reborn está banido. Quem liga para isso quando se tem outra carta que renasça monstros em massa para fazer Synchros, Exceeds ou simplesmente ressucitar seu stand alone pelo preço de 1000 LP por monstro. É uma ótima carta, mas não é excepcional primeiro pelo custo, e ainda mais pela condição de não poder ter Battle Phase no turno que a ativa.

Como combater: Cara, sinceramente muita gente vai se matar com esta carta por não calcular bem o efeito colateral, mas fora isso tem Maxx “C”, Flying “C”, D.D. Crow, fora as traps usuais para barrar invocações. Só tem que lembrar que nem sempre é vantagem negar a ativação da Soul Charge com Warning, pois se sua ativação for negada, ele poderá ativar outra. De resto pode apostar que muita gente te fará sorrir ao ativar a carta.

Madolche Anjelly

PRIO-EN028 Madolche Anjelly
EARTH/Fairy – Effect/4/1000/1000
When this card in your possession is destroyed by your opponent’s card (either by battle or by card effect) and sent to your Graveyard; Shuffle this card into the Deck. You can Tribute this card; Special Summon 1 “Madolche” monster from your Deck, but shuffle it into the Deck during the End Phase of your next turn. You can only use this effect of “Madolche Anjelly” once per turn. That Special Summoned monster cannot be destroyed by battle.

Toda delicadinha em seu vestidinho branco e um rostinho meigo, pode apostar que é um travesti só esperando para te fazer dodoi. Não se deixe levar pela aparência, esta carta pode ser um pesadelo que leva a outro pesadelo chamado Tiaramisu muito rápido. Doce, só no paladar de quem tá investindo uma grana nesta carta. Além de ser buscável, Anjelly faz setup pros Madolches e acelera MUITO o deck, e quando Tiaramisu entra em jogo, pode contar que se você não tem um out para ela, vai quebrar a cara.

Como combater: Skill Drain, Breakthrough Skill, Black Horn of Heaven e Maxx “C” dão conta do deck todo. Apesar de ser muito bom, o deck, se não rodar no primeiro turno, é um lixo.

Artifacts

Como nos depoimentos do Orkut “O que falar desse arquétipo que mal conheço, mas já ODEIO?”. Bom, nem precisa odiar porque eles são ruins. Sério. São pesados e travarão muito. No entanto, quando eles não travam vão punir suas n00bices com Typhoon, entre outras cartas e te deixarão de saia justa. A build em que eles estão mais populares usa de cartas buscáveis (Traptrix) e puxáveis (Hands), para mitigar o fato ruim deles podem vir na sua mão (se fossem espertos misturariam Traptrix e Hands com coisas melhores, mas…). Não bastasse serem invocados quando você gastou sua preciosa Mystical Space Typhoon em seu turno para fazer nada, quando eles são destruídos na zona de Magia e Armadilha eles se invocam e a mágica acontece. Um destrói uma carta virada pra cima, outro impede você de fazer invocações do Extra Deck e por aí vai.

Como combater: Soul Drain, Light-Imprisoning Mirror, Macro Cosmos, Banisher of the Light, Fossil Dyna Pachycephalo, entre outras coisas que, ou parem Special Summon, ou neguem seus efeitos ou não permitam os montros de serem invocados. Vale lembrar que eles tem um Typhoon próprio e uma trap que os invoca do deck, então nem sempre as escolhas de Magia/Armadilhas contínua serão tão efetivas. Mas o melhor estratégia para este deck consiste no cara se sabotar, porque os Artifacts são realmente péssimos e como eles vêm em números grandes, a probabilidade de comprar um monstro inútil que precisa de tributo os farão perder se você não for ganancioso e souber usar suas destruições de Magia/Armadilha na hora certa.

Conclusão

Sinceramente, com exceção das Hands, não acho que estes novos concorrentes populares estão acima da média como a maioria acha, até mesmo porque se não misturados com algo (o que aumenta e muito a chance do deck se sabotar) ficam sem expressão alguma. São sim uma alternativa mais válida do que usar 3 de cada carta de compra como era, mas acredito que passem longe da supremacia como foi na era dos Dragon Rulers no ano passado. Então jogando atentamente e procurando saber como cada deck funciona, não me surpreenderia ver MUITO deck ~obsoleto~ performando muito melhor do que estes novos. Se eu pudesse apostar em um deck para acabar com quase todos estes citados, com certeza apostaria no Evilswarm. Além de já ser bem popular por aqui, consegue frustrar a grande maioria destas novas opções, principalmente os Artifacts que quando vêem um Ophion com Pandemic(s) choram sangue.

Keep Calm e prestem atenção, o meta ainda está muito mais aberto do que você imagina.