Report WCQ – Top 8 Nacional 2014

Como vai, pessoal? Neste último fim de semana rolou o Nacional 2014 aqui do Brasil e o evento contou com muito atraso, desorganização (tanto de quem fez como também dos jogadores), e juízes despreparados. Resumindo, foi tudo como o esperado.

Nos últimos meses tenho passado por muitas dificuldades e ando sem motivação para jogar, fora o fato do jogo estar horrível no momento. Tudo isto contribui para minha ausência no blog e peço desculpas a vocês que o visitaram nos últimos tempos e não encontraram nada de novo, com exceção da última postagem que confesso ser uma das piores coisas que já escrevi até hoje.

Mas voltando ao assunto principal, Nacional e o jogo em sí, vou explicar minhas escolhas para o deck que me levou ao top 8 do evento. E eis a build:

Decklist Mermão

Monsters: 27
1 Mermail Abyssleed
1 Tidal, Dragon Ruler of Waterfalls
1 Mermail Abyssmegalo
3 Mermail Abyssteus
1 Atlantean Dragoons
1 Mermail Abyssturge
3 Fire Hand
3 Mermail Abysspike
3 Ice Hand
3 Mermail Abysslinde
1 Mermail Abyssgunde
2 Atlantean Marksman
1 Mermail Abysshilde
1 Mermail Abyssocea
2 Maxx “C”

Spells: 4
1 Pot of Dichotomy
2 Mystical Space Typhoon
1 Soul Charge

Traps: 9
3 Abyss-sphere
2 Brakthrough Skill
1 Bottomless Trap Hole
1 Solemn Warning
1 The Transmigration Prophecy
1 Torrential Tribute

Extra Deck: 15
1 Mermail Abyssgaios
2 Mecha Phantom Beast Dracossack
1 Number 11: Big Eye
1 Bahamut Shark
1 Number 103: Ragnazero
1 Number 101: Silent Honor ARK
1 Evilswarm Exciton Knight
1 Lavalval Chain
1 Abyss Dweller
1 Number 80: Rhapsody in Berserk
1 Ghostrick Alucard
1 Tri-Edge Levia
1 Mechkipped Angineer
1 Mermail Abysstrite

Extra Deck: 15
1 Maxx “C”
2 D.D. Crow
1 Dark Hole
1 Mystical Space Typhoon
2 Zombie World
2 Black Horn of Heaven
2 Debunk
2 Malevolent Catastrophe
2 Skill Drain

Monstros
Eu sou muito supersticioso e muitas escolhas na minha build foram feitas por base em insights que tive ao longo dos preparativos para o Nacional deste ano. A maior escolha eu até comentei com o Paulo (PRRJ) há um bom tempo atrás, sonhei que tinha que jogar com 27 monstros no Main, e é justamente por isso que usei esta quantidade. Sim, eu encaixei 27 monstros só por ter sonhado que usaria este número num sonho.

A coisa que mais chama a atenção nos monstros, além da quantidade, é a linha completa de Hands. Meu motivo para utilizá-las ao máximo é apenas um: era óbvio que MUITA gente as usaria, seja pelos motivos certos ou pelos errados, e a build que veio antes dessa sofria para lidar com elas.

Antes de decidir jogar com esta formação, estava jogando basicamente com a versão “Hobanizada” do deck e não conseguia pensar em nada para combater Hands de forma efetiva e simples (que não envolvesse usar techs arriscadas contra outras matchu-ups ou invocar monstros do Extra Deck) e, como diz o ditado, se você não pode com o inimigo, junte-se a ele.

Muita gente me perguntou “Mas não trava?”, e é claro que não. Muita gente se prende ao básico do deck, como se o deck fosse apenas descartar montros WATER que tenham efeitos quando são descartado para realizar suas tarefas. Adicionar monstros fora do contexto traz muito mais versatilidade para agir, embora perca um pouco de consistência e velocidade.

Ontem mesmo muita gente viu minha build nos Side Events que contava com uma tech BEM inusitada no Main e no Extra deck (mas falarei melhor sobre estas opções só no report do torneio do próximo Duel Shop) e mesmo envolvendo cartas totalmente fora do contexto, ainda sim consegue armar um setup ou um toolbox para qualquer Rank 4 do deck no primeiro turno.

As Hands proporcionam uma segurança enorme pois o meta não está muito suscetível à decks orientados em combos, seria arriscado usar uma build muito explosiva. As Hands suprem as dificuldades que o deck tem tanto para a invocação de monstros Rank 4 no cenário atual, quanto em lidar com ameaças antigas como Evilswarms, que impede as jogadas dos Mermails de nível maior, como as ameaças atuais que são o fato de destruir backrow do adversário no seu turno (caso dos Artifacts) ou invocar os monstros por Special Summon e ativar seu efeito (Traptrix Trap Hole Nightmare é uma chatice).

Outra escolha que parece inusitada foi o uso de Maxx “C” no main deck. Por mais que ache que o deck não seja lá tudo isso, as recentes e constantes vitórias dos Madolches em torneios mostra que o deck representa sim um perigo se você não tiver uma forma de enfrentá-lo e, na minha opinião, Maxx “C” é a melhor delas para meu deck no primeiro turno. Fora Madolche, Maxx também é efetiva contra diversos outros decks pois como as builds de Mermails focadas em Rank 4 geralmente impõe pressão com os monstros invocados do Extra deck, e com a perda da popularidade de cartas que resolvem problemas instantaneamente como por exemplo Dark Hole, a única forma de conseguir superar seus campos é invocando mais monstros, e nessas horas Maxx é o Máxximo.

Magias
Sim, Pot of Dichotomy. Hands são chatas e levam 2, as vezes 3 cartas dos adversários. Por que não prolongar as jogadas que as envolvam?

Fora isso utilizei apenas uma Soul Charge por conta da velocidade controlada que a build tem, não é tão fácil forrar o cemitério com monstros setando um por turno, então…

Armadilhas
Defesas e defesas, entre elas The Transmigration Prophecy que é uma carta incrível tanto defensiva como ofensivamente. Uma dica do campeão do Nacional de 2012, Vinícius de Souza, que fez a diferença em diversas partidas, mas que poderia fazer ainda mais, caso Dragon Rulers e outros decks focados em utilizar o Cemitério estivessem em alta.

Extra Deck
Primal Origins trouxe uma solução sensacional para grandes problemas que eu tinha antes. Number 103: Ragnazero bate de frente com Fire Fists, Inzektors e Dark Worlds, enquanto Number 80: Rhapsody in Berserk cuida daqueles monstros chatos que vivem trafegando entre o Cemitério e o Campo. Grande parte da minha escolha de focar nos Rank 4 foi justamente por conta destas duas cartas.

Side Deck
As únicas coisas que acredito que as pessoas possam achem diferente no side são: Malevolent Catastrophe e Skill Drain. Catastrophe foi minha opção contra H.A.T.E. (Hand Artifact Traptrix Everything Else) por conta das infinitas defesas que o deck tem. Muito usada em decks puros, Malevolent é também o terror do HATE, pois destruir a backrow deles no turno deles significa vitória na grande maioria dos casos. Skill Drain foi uma opção que era absurda contra a grande maioria dos decks em geral, fora o fato de não prejudicar em nada as Hands.

Agora vamos falar, de coisa boa? Vamos falar de Yu-Gi-Oh!?

Rodada 1: Muller Leite – Hand Fire Kings
G1: O primeiro jogo começou com um festival de setadas e acabei vencendo mesmo ele ativando o efeito do Yaksha 2 vezes e limpando meus campos, por sorte tinha Hands para dar suporte.
G2: Neutralizei um Yaksha -> Garunix com uma Debunk na hora do Garunix retornar, após ele ficou na top draw e comprando traps boas que seguraram. Fomos para o tempo, mas consegui vencer depois de comprar um Abyssteus e o ativar com uma Abyssgunde na minha mão.

1-0-0

Rodada 2: Cezar Coscia – H.A.T.E.
G1: Ele buscou uma Bottomless e achei que estava seguro da Traptrix Trap Hole Nightmare, mas ele já a tinha em mãos, quando tentei fazer um efeito ele desmantelou meu campo e venceu logo depois.

Já nos 15 minutos restantes começamos o segundo jogo e foi assim:

G2: Setei Fire Hand + Sphere e passei. Ele invocou Myrmeleo buscando TTHN e setando 4, ativei Sphere que trouxe Linde, que por sua vez invocou um Abysspike que descartou um Abyssmegalo e adicionou uma Abyssgunde. Invoquei um Evilswarm Exciton Knight e não ativei seu efeito, quando falei “passo”, ele fez uma cara de surpreso e comprou sua carta. Ele voltou para mim e no meu turno estava com a mesma quantidade de cartas na mão, então fiz o efeito do Abyssteus descartando a Hunde, e como o descarte era um custo e o monstro estava na minha mão, limpei o campo em Chain, neutralizando sua Hand setada, no processo destruí um Moraltach e um Sanctum, que por sua vez, destruíram Exciton e Teus. Eu tinha uma Abysslinde na mão, destruí o campo dele e fiz Dracossack, depois disso ele ficou na top draw comprando uma carta para setar e ser destruída e tomar um dano por uns 4 turnos até eu finalmente zerar sua vida.

A esta altura o alarme já tinha tocado e não havia um juíz por perto, então não deveria haver um terceiro jogo. Comecei a fazer meu side para o terceiro jogo para o caso um juíz dizer que era para jogar, quando um juíz chegou perto eu o avisei da situação e foi decretado o empate.

Fiquei sabendo depois por outras pessoas que o Cezar começou a reclamar de mim por slow play (?), sinceramente o máximo que posso ser chamado é de caxias, porque não fiz nada de errado para que o empate tivesse acontecido. Sei que não é um resultado bom para ninguém, mas era o justo. Gosto muito do Cezar pelo pouco de ideia que troco com ele, mas jogar a culpa nos outros pelos seus resultados não ajuda em nada. Para poder dar a chance dele se vingar hoje marquei o “terceiro jogo” com ele, confira hoje no DN as 21:30!

1-1-0

Rodada 3: Adeílson Freitas – Fire Fist
G1: Venci rapidamente o primeiro jogo por conta de uma escolha errada em uma de suas Fire Formations.
G2: Ele controlou o jogo e conseguiu neutralizar uma jogada arriscada, que me rendeu a derrota.
G3: Abri com o combo Teus + Ocea e meu campo consistia em um Angineer + Number 103: Ragnazero. Ele ativou uma Dimensional Fissure e setou uma. Em sua End Phase ativei uma Sphere que trouxe um Abyssleed, no meu turno invoquei um Tidal, fiz Dracossack e fui destruindo o campo sem bater, ele não poderia baixar nenhum Fire Fist pois eu tinha Ragnazero e ele uma Fire Formation, ele tentou setar monstros, mas o Dracossack destruiu por dois turnos seguidos seus Fossil Dyna Pachycephalos.

2-1-0

Rodada 4: Guilherme Jardim – Evol
G1: O jogo começou na jogada tradicional deste Nacional, setar monstros e armadilhas até alguém ter alguma mão para combater a do adversário. Foi uma guerra, mas não aguentei seu terceiro Dolkka e ele levou a partida.

Não lembro se houve dois ou três jogos, mas sei que o último jogo ele controlou ainda mais facilmente com Dolkka e a minha build sofre DEMAIS com negação de efeitos e ele levou com a melhor carta do deck, Dolkka negando toda e qualquer tentativa de jogada que eu tentava fazer.

2-1-1

Rodada 5: Augusto – Agent
G1: Lembro de lá pelas tantas estar com um Mechkipped Angineer e um Big Eye em campo, ele invocou uma Kristya e tentou bater no Big Eye pois esqueceu do Angineer. Então roubei a Kristya e aí já dá para saber o fim da história.
G2: Abri com Maxx “C” e na segunda ativação do efeito da Venus o ativei, ele invocou um Gachi-Gachi, setou uma atrás. No meu turno setei uma Fire Hand e passei, ele bateu com a Venus e após ser destruído tentou ativar o efeito de sua Forbidden Dress setada, como a janela de ativação deve ser antes da Damage Calculation e ele não entendia, chamou o juiz e então entendeu. Venci pouco depois, comprar as duas cartas no Maxx fez toda a diferença para mim.

3-1-1

Rodada 6: Natan Colavite – Evilswarm
G1: O primeiro jogo venci facilmente por conta das Hands que são uma ótima opção contra todo o deck Evilswarm.
G2: Consegui me livrar de seu Ophion no T1, mas tive que negar um Dark Armed Dragon em seu segundo turno, tomei um beatdown e não resisti dois turnos.
G3: Consegui gastar diversos recursos dele e Brekthrough Skill negou um Kerykeion chave e consegui vencer turnos depois.

4-1-1

Rodada 7: Fernando Teixeira (Alemão) – Hand Fire Trix
G1: O primeiro jogo ele conseguiu se travar por inteiro, não conseguiu comprar uma Tenki sequer e lá pelas tantas comecei a roubar os monstros dele com meu Big Eye e venci.
G2: Já quase na top draw e eu com um monte de recursos na mão, ele ativou Breakthrough Skill em uma Ice Hand achando que negaria seu efeito, depois deste erro consegui vencer pela quantidade de jogadas que tinha em mãos.

5-1-1

Rodada 8: Paulo Duque – Geargia Hand
G1: Jogadinha básica de Hands setadas com muita backrow da parte dele e minha, ele não conseguiu um Geargiagear ou Geargiarmor sequer e não resistiu às minhas Hands.
G2: Ele começou com Macro Cosmos e também Geargiarmor, sai com out pra Macro e resolvi um Teus que virou Alucard, destruí o Geargiarmor e venci pouco depois.

6-1-1

Apesar de ter o pior desempate entre os 6-1-1, o resultado me rendeu o Top 8, domingo ainda tinha mais chão. Fomos requisitados às 8 da manhã, para variar esperamos um bom tempo plantados lá no lado de fora do local até sermos chamados.

Os juízes conferiram as decklists e as 9:30 o top começou.

Top 8: João Pedro – Genex Mermail
G1: Comecei setando Hands para forçá-lo a gastar, ele sabia como contorná-las então lá pelas tantas fiz o flip Summon de alguns monstros para fazer XYZ. Terminei o turno com Bahamut + Trite + Angineer + Ice Hand (pelo que me lembre). Ele iscou minha backrow e ativei na esperança dele não ter nada na mão, agora com minha zona de Magia/Armadilhas vazia ele ativou sua Soul Charge e terminou com um Big Eye, 101, Undine e meu Bahamut. Depois perguntei por que ele não tinha ativado o efeito do meu Bahamut, e ele respondeu que precisava retirar minha Trite e Big Eye era a única opção. No meu turno fiz um Exciton e limpei o campo e passei, ele ativou o efeito de uma Undine enviando Infantry, destruíndo o Exciton e batendo, no meu turno invoquei um monstro e destruí seu Undine. Turnos depois ele estava apenas com uma carta na mão e eu tinha um Megalo + Leed. Errei fazendo um Abyssgaios, a carta na mão era uma Salvage, ele retornou o Undine + Marksman e conseguiu virar o jogo logo em seguida.
G2: Comecei com Teus buscando Abyssocea e fazendo um Tri-Edge Levia no primeiro turno com 2 backrow. Ele invocou um Teus descartando um Marksman, neguei seu efeito e ele destruiu uma de minhas backrows. Em meu turno eu tinha um monstro para superar seu Teus e venci dois turnos depois.
G3: Ele começou com uma magia/armadilha setada, se não me engano, e passou. Setei uma Debunk no meu turno e no dele ele fez o efeito do Tidal descartando um Marksman, neguei o efeito do do Tidal e o juíz não lembrava se o Tidal era removido ou não, após conferir isto e confirmar que o Tidal não era removido. Continuamos jogando até que ele fez um mega campo e eu sobrevivi com uma linde trazendo um Turge na esperança de comprar qualquer level 4. Ele setou umae passou. Comprei um Megalo e passei, ele bateu meu Turge e me deixou com 3400 de vida. Comprei Soul Charge e ativei sem pensar, invoquei Leed + Teus + Linde. Tributei a Linde para enviar uma carta da mão dele para o cemitério, era um Genex Controller. Invoquei um Big Eye e ele respondeu com um Compulsory Evacuation Device. Mais uma vez parei pelo top 8.

O Pedrinho subiu até a final, mas acabou vencido por Mateus Nóbile, que estava de Madolche e assim se encerrou mais um Nacional de Yugi.

Os side events que participei não merecem nem report de tão mal que joguei. Participei de apenas 2 Win-A-Mat, um com uma série de péssimas jogadas por minha parte na final e outra em que fui vencido por uma sucessão de mãos horrendas + Soul Charge que perde tempo (?), então vamos pular para o resumo da ópera.

Prós
– Rever amigos que só vejo nos Nats;
– Topar consecutivamente em um nacional (num formato CHATO demais para decks de combo);
– Meu meta call surtiu um efeito muito bom, as Hands venceram jogos sozinhas;
– Almoçar naquele buffet maravilhoso;
– Premiação em dia (deveria ser normal isso, mas é algo incomum);
– Vaga para o Continental (só falta as passagens e a hospedagem haha);
– Playmat maneirão (R$ 150,00 + frete);
– 3 pacotes de Sleeves do World Championship Qualifier (R$ 60,00 cada + frete).

Contra
– Ficar pelo Top 8. De novo;
– Despreparo de alguns juízes;
– Não sair na foto, outra vez, por estar jogando torneios paralelos;
– Jogar estes mesmos torneios paralelos porcamente;
– Como eu falei, ando MUITO desanimado com tudo e isto repercutiu no jogo e por isso muitas informações das partidas eu não lembro ou podem estar equivocadas.

Bom, é isso. Fiquei muito feliz pois fui ao campeonato desacreditado e consegui topar. Infelizmente fiquei pelo caminho outra vez, mas já me ajudou a esfriar a cabeça e me reanimar ao menos no meu hobby.

Espero vê-los novamente no Duel Shop do dia 15, até lá bons jogos e se cuidem!

Com que roupa eu vou pro samba que voce me convidou

Pois é gente, já estamos no deadline e a brasileirice mostra que, vai ter Copa sim, mas não merecíamos. E não estou falando de fato da Copa, mas sim do Nacional de Yu-Gi-Oh!.

Todo ano é a mesma história, avisam o local com um mês de antecedência e nunca sabemos se: 1- a última coleção valerá, o que resulta em não saber ao certo qual deck você PODERÁ usar no torneio, e; 2- há tempo suficiente de todos os jogadores poderem contar com o material.

Parabéns Devir, você como representante do jogo no país é uma grande piada ao fortalecer o comércio “paralelo” de lojas que compram de outros lojistas no exterior para que tenhamos o material em tempo. Vocês são fracos mesmo.

Mas pulando minha revolta, que não vai mudar a cabeça de gente ruim e empresa fraca, falarei do que eu posso contribuir para você leitor tentar transpassar os efeitos colaterais do evento cuja organização é um vexame, já cultural, o chamado Nacional. Então falarei de algumas opções interessantes para você ter uma performance melhor de acordo com as coleções permitidas.

A primeira coisa a se perguntar é: valerá Dragons of Legends (Fire Hand, Ice Hand, Soul Charge) e/ou Primal Origin (Madolche Anjelly, Artifacts)?

Bom, se não puder nenhuma das coleções acima, simplesmente estude o top 32 do YCS Las Vegas (decklists) e fim de papo, você estava preparado antes mesmo de saber.

Agora se a empresa que for detentora dos direitos do jogo no país for uma fraca e permitir coleções que só possuem material paralelo em circulação, sem tempo hábil para que a grande maioria dos jogadores pudesse por suas mãos nas cartas novas, e é o que eu já dou como certo, então você precisa elaborar um deck um pouco mais preparado para enfrentar uma enxurrada de cartas novas que te surpreenderão e eliminarão seu deck num passar de turnos. E é justamente sobre elas que falarei:

Fire Hand e Ice Hand

DRLG-EN046 Fire Hand
FIRE/Pyro – Effect/4/1600/1000
When this card in your possession is destroyed by your opponent’s card (either by battle, or by card effect) and sent to your Graveyard: You can target 1 monster they control; destroy that target, then you can Special Summon 1 “Ice Hand” from your Deck.

DRLG-EN047 Ice Hand
WATER/Aqua – Effect/4/1400/1600
When this card in your possession is destroyed by your opponent’s card (either by battle, or by card effect) and sent to your Graveyard: You can target 1 Spell/Trap Card they control; destroy that target, then you can Special Summon 1 “Fire Hand” from your Deck.

Lembra dos buscadores? Mystic Tomato, Giant Rat, Pyramid Turtle? Então, imagina que eles injetaram esteroides e agora destroem o que tiver pela frente. Não bastasse poder fazer um ciclo com monstros em ATK do adversário para destruir o campo todo, eles também ativam seus efeitos destruídos da mão, ou mesmo quando suas invocações sejam negadas.

Como combater: Abyss Dweller, Phoenix Wing Wind Blast, Compulsory Evacuation Device, qualquer monstro em defesa com 1600+ DEF ou destruindo eles no meio de uma chain para que percam o timing.

Soul Charge

DRLG-EN014 Soul Charge
Normal Spell Card
Target any number of monsters in your Graveyard; Special Summon them, and if you do, you lose 1000 Life Points for each monster Special Summoned by this effect. You cannot conduct your Battle Phase the turn you activate this card. You can only activate 1 “Soul Charge” per turn.

Monster Reborn está banido. Quem liga para isso quando se tem outra carta que renasça monstros em massa para fazer Synchros, Exceeds ou simplesmente ressucitar seu stand alone pelo preço de 1000 LP por monstro. É uma ótima carta, mas não é excepcional primeiro pelo custo, e ainda mais pela condição de não poder ter Battle Phase no turno que a ativa.

Como combater: Cara, sinceramente muita gente vai se matar com esta carta por não calcular bem o efeito colateral, mas fora isso tem Maxx “C”, Flying “C”, D.D. Crow, fora as traps usuais para barrar invocações. Só tem que lembrar que nem sempre é vantagem negar a ativação da Soul Charge com Warning, pois se sua ativação for negada, ele poderá ativar outra. De resto pode apostar que muita gente te fará sorrir ao ativar a carta.

Madolche Anjelly

PRIO-EN028 Madolche Anjelly
EARTH/Fairy – Effect/4/1000/1000
When this card in your possession is destroyed by your opponent’s card (either by battle or by card effect) and sent to your Graveyard; Shuffle this card into the Deck. You can Tribute this card; Special Summon 1 “Madolche” monster from your Deck, but shuffle it into the Deck during the End Phase of your next turn. You can only use this effect of “Madolche Anjelly” once per turn. That Special Summoned monster cannot be destroyed by battle.

Toda delicadinha em seu vestidinho branco e um rostinho meigo, pode apostar que é um travesti só esperando para te fazer dodoi. Não se deixe levar pela aparência, esta carta pode ser um pesadelo que leva a outro pesadelo chamado Tiaramisu muito rápido. Doce, só no paladar de quem tá investindo uma grana nesta carta. Além de ser buscável, Anjelly faz setup pros Madolches e acelera MUITO o deck, e quando Tiaramisu entra em jogo, pode contar que se você não tem um out para ela, vai quebrar a cara.

Como combater: Skill Drain, Breakthrough Skill, Black Horn of Heaven e Maxx “C” dão conta do deck todo. Apesar de ser muito bom, o deck, se não rodar no primeiro turno, é um lixo.

Artifacts

Como nos depoimentos do Orkut “O que falar desse arquétipo que mal conheço, mas já ODEIO?”. Bom, nem precisa odiar porque eles são ruins. Sério. São pesados e travarão muito. No entanto, quando eles não travam vão punir suas n00bices com Typhoon, entre outras cartas e te deixarão de saia justa. A build em que eles estão mais populares usa de cartas buscáveis (Traptrix) e puxáveis (Hands), para mitigar o fato ruim deles podem vir na sua mão (se fossem espertos misturariam Traptrix e Hands com coisas melhores, mas…). Não bastasse serem invocados quando você gastou sua preciosa Mystical Space Typhoon em seu turno para fazer nada, quando eles são destruídos na zona de Magia e Armadilha eles se invocam e a mágica acontece. Um destrói uma carta virada pra cima, outro impede você de fazer invocações do Extra Deck e por aí vai.

Como combater: Soul Drain, Light-Imprisoning Mirror, Macro Cosmos, Banisher of the Light, Fossil Dyna Pachycephalo, entre outras coisas que, ou parem Special Summon, ou neguem seus efeitos ou não permitam os montros de serem invocados. Vale lembrar que eles tem um Typhoon próprio e uma trap que os invoca do deck, então nem sempre as escolhas de Magia/Armadilhas contínua serão tão efetivas. Mas o melhor estratégia para este deck consiste no cara se sabotar, porque os Artifacts são realmente péssimos e como eles vêm em números grandes, a probabilidade de comprar um monstro inútil que precisa de tributo os farão perder se você não for ganancioso e souber usar suas destruições de Magia/Armadilha na hora certa.

Conclusão

Sinceramente, com exceção das Hands, não acho que estes novos concorrentes populares estão acima da média como a maioria acha, até mesmo porque se não misturados com algo (o que aumenta e muito a chance do deck se sabotar) ficam sem expressão alguma. São sim uma alternativa mais válida do que usar 3 de cada carta de compra como era, mas acredito que passem longe da supremacia como foi na era dos Dragon Rulers no ano passado. Então jogando atentamente e procurando saber como cada deck funciona, não me surpreenderia ver MUITO deck ~obsoleto~ performando muito melhor do que estes novos. Se eu pudesse apostar em um deck para acabar com quase todos estes citados, com certeza apostaria no Evilswarm. Além de já ser bem popular por aqui, consegue frustrar a grande maioria destas novas opções, principalmente os Artifacts que quando vêem um Ophion com Pandemic(s) choram sangue.

Keep Calm e prestem atenção, o meta ainda está muito mais aberto do que você imagina.