Report WCQ – Top 8 Nacional 2013

Olá duelistas! Hoje é dia de falar do torneio mais importante do país: o Nacional! O evento aconteceu nos dias 25 e 26 de maio no SP Diversões e contou com mais de 220 participantes de todas as partes do Brasil, uma época para rever amigos que moram longe, trocar cards, experiências e treinar a paciência com uma coisa que parece estar cada vez mais forte a cada ano que passa: a desorganização.

Atraso, falta de premiação, juízes despreparados e todos aqueles empecilhos que acabam ofuscando o brilho de um evento que tem tudo para os brasileiros mostrarem seu valor para a Konami e os duelistas de fora, no entanto o valor do brasileiro não se mostra em alta há um bom tempo. Mas tirando a parte ruim, foi tudo ótimo (!) rever e conhecer novos amigos de MG, PR, SC, RS, ES e de outros estados foi, como sempre, muito bom, pude fechar meu baralho, conseguir algumas estampas com as raridades que eu queria e poder comer naquele maravilhoso buffet sou gordo mesmo.

Você foi ao nacional? Deixe nos comentários o que achou do evento!

O nacional contou com 8 rodadas de muito cansaço, fome e alto nível (ao menos dos jogadores) e agora vamos ao que interessa, saber o que foi do “meu” nacional. Farei o report da minha jornada Pokémon até o top 8 e em um futuro post falarei mais sobre o deck que usei, vamos lá?

Dia 1

1ª Rodada

Edson (Six Samurai) Um rapaz que veio com a galera do RS, foi engraçado porque eu disse ser uma Mirror Match de Six Samurai por conta de nossos Playmats, acabei acertando qual deck ele estava jogando.
G1: Ele abriu com Smoke Signal buscando Kagemusha e logo em seguida pediu se poderia mudar o alvo, é claro que não permiti, então ele fez Normal Summon de um Elder, ativou Asceticism e terminou com Shi En em campo com 3 setadas atrás, uma vez ativado o efeito do Shi En, fui atiçando a backrow dele e ele respondia ativando as cartas, foi então que gastei meu Typhoon na última setada, fiz um Number 11: Big Eye e aí “deu ruim” para ele 1-0

G2: Ele encerrou o turno com Beast, Barkion e umas 10 no Cemitério, seria uma lástima se eu estivesse com outro deck, senão Mermail! Mas a verdade é que minha mão estava fraca e o coração das cartas acabou me ajudando, comprei uma Diva que me presenteou com um Gungnir e, graças ao Heavy Infantry, consegui destruir os dois monstros dele com facilidade, bati e setei uma Sphere. Ele fez Shi En, Invocou o Grandmaster e desceu um Shogun logo em seguida, bateu cabeça com o Shi En, enviou o Grandmaster e bateu com o Shogun, achei que ele tinha levado este game, até que comprei Tidal, Dragon Ruler of Waterfalls, e me lembrou do por quê optar por esta build, bati no Shogun e passei, ele não comprou nada e passou, desistindo em seguida. 2-0

1-0-0

2ª Rodada

Heitor Paoli (Exodia) Um amigo do Facebook que conheci pessoalmente no evento, super gente fina.
G1: Ele começou com 3 setadas, no meu turno setei Abysslinde e passei, ele ativou 2 Upstart Goblin e passou, eu vi que daí vinha confusão e comecei tentar a atacar, uma hora ele deu Battle Fader e na Main Phase 2 dei Heavy Storm (para ele não poder ativar Threatening Roars), no entanto o juíz super entendido permitiu. Ao longo do jogo foram Wabokus atrás de Threatenings com alguns Thunder of Rulers para eu ter ideia do quanto eu não estava preparado para este tipo de match. A partir do momento em que ele estava com mais da metade do deck nas mãos percebi que não era um Final Countdown e pela lógica só poderia ser Exodia, então dei Dark Hole nos meus monstros para buscar o algoz da match: Abyssleed! Aí foi descarte atrás de descarte, só não contava que eu teria um dedo tão ruim para acertar apenas Swift Scarecrows, Battle Faders e traps, ele estava com duas cartas no baralho e perguntei se havia perdido, ele setou uma e eu afirmei, agora eu perdi, ele ativou seu Jar of Greed e ganhou na última carta. 0-1

G2: Fiz um Leed no primeiro turno e fui removendo os recursos dele, apesar do azar ter permanecido na hora de enviar seus cards da mão para o cemitério ele não conseguiu gerar vantagem e acabei ganhando depois de dar um Mind Crush falando Perna Esquerda do Proibido, errando, olhando a mão dele e ativando um segundo Mind Crush. 1-1

G3: Baixei Leed no segundo turno e controlei até descartar a cabeça. 2-1

2-0-0

3ª Rodada

Gustavo (Dino Rabbit) Um garoto novinho, mas me deu um baile, fiquei feliz de ter alcançado o top 8.
G1: Ele começou com Thunder King Rai-Oh, não há muito o que dizer, TKR com backrow é complicado para Mermail. 0-1

G2: Fui forçando ele a ativar seus efeitos até que se encerrou o grind e ele tinha um Dolkka em campo com dois materiais, as Fiendish Chains mostraram seu valor nesta hora e graças a uma Diva que sobreviveu a um ataque, consegui fazer um Dewloren, retornando a Fiendish Chain para minha mão, atacando para tomar uma Dimensional Prison, e então foi a vez de Imperial Iron Wall mostrar sua eficiência. 1-1

G3: Ele saiu tão bem quanto no primeiro game e conseguiu se manter com a backrow e alguns vanillas. 1-2

2-1-0

4ª Rodada

Lucas (E-Hero) Não o conheci muito bem pois estava rolando uma Acrópole na hora para meter o pau na desorganização em todas as mesas.
Aqui rolou um lance que me deixou fulo quanto à desorganização, já estava em meu segundo turno e havia feito o combo Sphere>Linde>Pike descartando Dragoons e adicionando Marksman e Megalo no turno dele e eis que informam no microfone que não estava valendo nada, zeraram os cronômetros, anunciaram uma decklist check em alguns jogadores e ficamos parados mais de 20 minutos, quando voltamos um já sabia o baralho do outro e eu já não tinha uma vitória quase certa.
G1: Lembrou pouco, minha mão veio oposta à da rodada que desconsideraram. 0-1

G2: Estávamos naquela trocação até que ele bateu em uma Linde setada e tentou ativar Soul Drain quando já havia ativado o efeito da minha Sirena, Damage Step não dá né amigão, no meu turno usei minha Typhoon e o OTKei. 1-1

G3: Desta vez foi ele quem saiu com uma mão pobre, fui tirando casca até vencer, depois ele me mostrou a mão e as próximas do deck, só magias e armadilhas. 2-1

3-1-0

5ª Rodada

Cristopher (Dino Fist) Um torcedor colorado gente boa de Porto Alegre.
G1: TKR e uma fortaleza de backrow, consegui forçá-las até conseguir tirar o Rai-Oh de campo com um Tidal salvador, nossas mãos estavam horrendas. Lá pelas tantas estava com um Gaios em campo, ele transformou suas Tour Guides em um Acid Golem e o destruiu, turnos depois fiz um Big Eye, roubei o Acid Golem e comecei a bater e tomar 2000 até que fiquei com 500 de vida, minha Fiendish Chain me ajudou mais uma vez a neutralizar uma ameaça e desta vez foi um Bear, baixei uma Diva invocando um Infantry do deck, fiz um extra Normal Summon de um Marksman e tentei fazer uma Black Rose, até que descobrímos que não poderia fazer Special Summon mesmo que o Acid Golem tivesse materiais, mas como o game state poderia ser facilmente resolvido, retornamos até a hora em que baixei a Diva sem poder ativar seu efeito, ataquei com tudo e acabei vencendo. 1-0 (Tomei meu primeiro Warning na história do jogo :T um misplay que dependendo do game state me levaria à derrota ou até pior, por isso é muito bom checar o efeito das cartas, principalmente das que se pega do adversário).

G2: O side dele veio lindamente para me parar. 1-1

G3: Ele abriu com backrows protegendo um Banisher, mas meu Dragoons deu conta até eu descobrir que desta vez o side não tinha vindo para ele, o tempo foi encerrado e nos turnos finais consegui OTKá-lo. 2-1

4-1-0

6ª Rodada

Reinaldo (Inzektor) Ele começou com graça pegando meu bloco de anotações para desvendar qual deck eu estava, achei uma baita falta de respeito, mas não tem nada não, aqui é muito mais OTK do que ele esperava!
G1: Ele começou com Summoner Monk descartando Zektakaliber, puxando Armageddon Knight, mandando Inzektor Hornet para o Cemitério, invocando o Lavalval Chain e deixando o Dragonfly no topo, no tudo ou nada é matar ou morrer, tentei o OTK e até agora ele deve estar triste por ter feito uma das únicas vezes o primeiro movimento do OTK do deck dele e acabar morrendo na praia. 1-0

G2: Ele começou com um Hopper equipado com Zektakaliber e Hornet com uma setada, destrui a Zekta para ele não voltar nada, invoquei um Mermail nível 7 descartando Marksman para destruir a setada, bati e ficamos num passo-passo até que tinha a mão perfeita para enfrentar Gorz, desci tudo e bati, ele acabou com Gorz no campo e eu com Gaios e a turminha toda do lado. Uma hora eu sabia que ele havia adicionado o Dragonfly para a mão, ele tentou me fazer gastar recursos, fez um Ladybug equipado com Giga-Mantis e bateu um dos meus Sirenos, mas sabendo que sem Dragonfly os Inzektors não fazem nada, guardei uma Fiendish Chain especialmente para ele, quando o Gaios havia gastado seu último material ele invocou sua única carta: Dragonfly na esperança de tentar uma reação, eu lembrei da gracinha antes do começo do jogo e me dei o prazer de esperar ele dizer que ativava o efeito só para ver um rosto incrédulo novamente MUAHAHA, sou mau. 2-0

5-1-0

7ª Rodada

Felipe (Mermail) A primeira (e única) Mirror Match que tive no Nacional, no final ele me revelou que estava sem Dweller no deck, o que contribui e muito a meu favor.
G1: Ele setou uma em cada espaço e me passou, baixei Megalo descartando Marksman e destruindo o monstro, uma Linde, ele invocou Leed, dei Heavy na setada dele agora sem medo de Spheres, fiz Diva>Infanry, fiz um extra Normal Summon de um Marksman, tributei Infantry que por sua vez destruiu o Leed e corri para o abraço. 1-0

G2: Aconteceu tanta coisa neste jogo que eu não me lembro direito a ordem, tudo o que lembro é que ele me segurou com Bahamut Shark>Trite, e que o Tidal mostrou mais uma vez por que ele é tão apaixonante: fiz um Pike buscar uma Gunde e ativei o efeito do Tidal para enviar outro Pike para o cemitério, a Gunde o renasceu e fiz um Dweller, a partir daí fui dominando o jogo, principalmente após baixar o Crimson Blader, fui batendo até o momento em que dei Mind Crush chamando Megalo, errei e minha Gunde virou um Leed, no outro turno montei um Gaios para travá-lo totalmente e destruir o resto do campo dele, ele fez um Gachi e respondi com Sphere>Linde>Megalo na transição de fim de turno dele e para terminar o jogo tributei um Marksman, bati duas vezes no Gachi com o Megalo, usei o último efeito do Gaios, bati com o Crimson Blader, ativei minha segunda Mind Crush acertando o Gorz e vendo se havia outra hand trap, não havia. 2-0

6-1-0

8ª Rodada

Flávio Massami (Constellar) Um rapaz super engraçado que lembra muito um amigo meu que está no Japão, começamos a jogar e eis que tomo um Mind Control na Linde, ele começa a baixar um monte de Constellars (eu só conhecia os Exceeds e apenas de vista, tive que ficar lendo o efeito de cada carta), e avisam que soltaram a rodada errada, sério? WTF organizadores… depois descobri que cairíamos juntos novamente, começamos o jogo para ver quem alcançaria o top.
G1: Este jogo foi rápido, acho que o venci no segundo turno, mas não lembro de nada. 1-0

G2: Ele estava com o jogo quase ganho, mas segurei com o Tragoedia, ele deu um Breakthrough Skill nele e desceu o sarrafo em mim, fiquei com pouca vida, mas as poucas vezes que joguei contra Constellars no Devpro eu sabia que deveria segurar cartas para bixos que controlavam o campo, no caso ele tinha dois, um Ptolemy M7 e aquele rank 5 que voltava minhas cartas para a mão, então a Dark Hole que guardei desde a primeira mão me foi muito útil para poder dar o troco e OTKar. 2-0

7-1-0

Alcancei o corte do top e no segundo dia sabia que enfrentaria Ivan Júnior, O Astro, ou Mourão, que estava jogando de Elemental Dragons, a match que mais havia treinado ao longo das últimas semanas, e não é que a que a sorte foi me abandonar justo nesta partida (e eu também dei mole)?

Dia 2

Top 8

Ivan “O Astro” Júnior (Elemental Dragons) Um dos caras mais engraçados de sampa, acho que o segredo para ser um campeão é frequentar a Nitro Night que ele tanto fala, ano passado o Vinnys foi campeão e também frequenta a casa, no ano que vem dou uma passada lá antes do Nats
G1: A mão dele veio bem pobre, Marksman fez um estrago, ele segurou com um dragão, ele me fez gastar os efeitos do Gaios, invocou um Colossal Fighter, bateu cabeça com o Gaios e destruiu meu Dewloren, no próximo turno eu já tinha uma Diva e um Marksman para fazer Gungnir e levar a primeira. 1-0

G2: Minha mão veio boa, mas a dele também, acabei perdendo vantagem com os múltiplos Dracossacks, lembro de um misplay, não dei Gaios em um Dracossack revivido, errei pela segunda vez no torneio. 1-1

G3: Foi nesta hora que descobri que a sorte ficou no dia anterior junto com a Lua Cheia, comecei com a pior mão de todo o torneio, 3 Divas, Marksman e Salvage, até tentei esboçar alguma reação ou jogada para o próximo turno, mas não adiantou em nada, parei por alí. 1-2

O Ivan chegou à final e foi campeão numa disputa de jogadas erradas com o Fabinho, mas ambos são gigantes do jogo e mereceram estar lá, o que me confortou foi saber que perdi para o campeão, espero que consiga evoluir ainda e errar menos porque em um mês já tem Duel Shop!

O Nacional ficou resumido assim:
Pontos fortes:
– Meu primeiro Top 8 num torneio grande
– Rever gente de todo o país
– Terminar meu deck
– Fazer novos amigos
– Não pegar nenhum Spellbook
– Perder para o campeão

Pontos fracos:
– Perder no Top 8
– Perder a match que mais treinei
– Cometer dois erros, um que poderia ter me desqualificado, e outro que custou o top 4
– Desorganização típica brazuca
– Desidratar (Coca-Cola a R$4,50 não dá né, foi uma por almoço e me escorei no litrão de água do posto depois)
– Premiação parcial (Quero meu tapete do Dracossack e, principalmente, os restantes dos meus boosters, mas pelo andar da carruagem não adianta nem ficar ansioso graças a nossa adorável aduaneira).

E é isso pessoal, espero que tenham gostado de dividir minhas alegrias e dores através deste post, ainda esta semana postarei meu deck profile feito pelo pretigioso (sic) Wendell, ah, aliás os créditos de todas as imagens deste post são de sua página no Facebook, Wendellyugiohbrazil, valeu brother!